Contagem regressiva

Ibovespa fecha em menor nível desde abril; dólar sobe

O dólar comercial subiu 0,52%, a R$ 5,59.

Foto: Ibovespa/CanvaPro
Foto: Ibovespa/CanvaPro

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (28) com queda de 1,04%, aos 132.129,26 pontos. O dólar comercial subiu 0,52%, a R$ 5,59.

Estamos em contagem regressiva para a de início do “tarifaço” de Donald Trump (1º de agosto) e o Brasil está incerto sobre o futuro dos 50% para o país. Apesar da presença de grupos de negociação no país norte-americano, a insegurança tem derrubado o Ibovespa – que chegou ao menor nível desde abril – e feito o dólar avançar.

“O dólar registrou alta nesta segunda-feira influenciado principalmente por dois fatores: primeiro, o impasse nas negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, potencializado pela confirmação das tarifas americanas sobre produtos brasileiros sem a possibilidade de adiamento do prazo inicial de 1 de agosto definido pelo presidente Trump; em segundo lugar, observamos na sessão de hoje o fortalecimento global da moeda americana, decorrente de acordos comerciais bem-sucedidos com outros países, como União Europeia, Reino Unido, Japão e Indonésia” disse Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.

“Mesmo diante das valorizações das commodities, como minério de ferro e petróleo, a cautela prevaleceu nos mercados emergentes, aumentando a demanda por proteção cambial. Além disso, expectativas sobre decisões de política monetária do Federal Reserve e do Copom nesta semana adicionam incerteza e volatilidade ao mercado”

Ainda falando em “tarifaço”, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que a espera que o país estabeleça tarifas na faixa e 15% a 20% para os países que não chegarem a um acordo comercial negociado com Washington, disse a Forbes.

O dólar oscilou entre R$5,606 e R$5,569. O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, com queda/alta de 98,64%, aos 1,01% pontos.

Maiores altas e maiores quedas

O pregão da B3 fechou com a São Martinho (SMTO3) liderando as maiores altas, com aumento de 3,56%. A empresa é seguida pela Yduqs(YDUQ3), com alta de 2,26%. A terceira foi a Ultrapar (UGPA3), com crescimento de 2,18% e a lista verde fecha com Weg (WEGE3), alta de 1,95%.

A lista vermelha é encabeçada pela Vivara (VIVA3), com recuo de 5,54%. A empresa é seguida pela Magazine Luíza (MGLU3), recuo de 4,53% . Cia Siderúrgica Nacional (CSNA3) fechou com recuo de 4,42% e a lista fecha com a Azzas (AZZA3), queda de 3,35%.

Variações por setor

No setor petrolífero, as ações da Petrobras terminaram o dia mistas, com os papéis PETR3 registrando queda de 0,057% e as ações PETR4 com aumento de 0,13%. Prio (PRIO3) valorizou 1,00%. PetroReconcavo (RECV3) recuou 0,15%%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 0,97%%. Gerdau (GGBR4) registrou queda de 2,21%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 0,71%. CSN (CMIN3) recuou 1,55%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) operou em baixa e fechou com recuo de 2,10%. Banco do Brasil (BBAS3) caiu 1,48%. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com desvalorização de 0,77% e 0,38%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 4,27%. As Lojas Renner fecharam com recuo de 2,09%. Vivara (VIVA3) teve queda de 5,23%.

Índices dos EUA

As principais bolsas de Wall Street terminaram o dia mistas. Os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,02% e 0,33%, respectivamente. Dow Jones caiu 0,14%.