Ibovespa / Foto: CanvaPro
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O Ibovespa fechou a sessão desta quinta-feira (16) em leve queda de 0,22%, aos 142.298 pontos. O movimento do índice aconteceu em meio às expectativas de possíveis acordos entre o Brasil e Estados Unidos. Além disso, durante o pregão, foram divulgados os dados do IBC-Br referentes ao mês de agosto.

O principal índice acionário brasileiro se manteve fortemente atento ao encontro entre o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, que deu início às tratativas comerciais entre os dois países.

Para Danilo Coelho, economista, especialista em investimentos e MBA em Finanças pela FBNF (Faculdade Brasileira de Negócios e Finanças), o encontro entre Rubio e Vieira pode dar um alívio às taxações. “Acredito que esse encontro é um fator que de certa forma ajuda a segurar um pouco mais a bolsa e, além disso, beneficia o Brasil acerca de um arrefecimento de tarifas e de tensão comercial”, explicou.

No cenário doméstico, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) – prévia do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil – avançou 0,4% em agosto, em comparação a julho, após duas quedas consecutivas. O resultado veio abaixo das projeções de mercado, que apontavam alta próxima de 0,7%, e dentro de um intervalo de expectativas que variava entre 0,1% e 1,1%.

Ainda durante a sessão, o TCU (Tribunal de Contas da União) suspendeu temporariamente a determinação do governo de mirar o centro da meta fiscal, não o limite inferior. O governo argumenta que teria de bloquear cerca de R$ 30,2 bilhões ainda neste ano, o que poderia comprometer a execução de políticas públicas.

Acerca da variação cambial, o dólar comercial registrou uma queda de 0,36%, cotado a R$ 5,443. Durante o dia, a moeda americana acabou oscilando entre R$ 5,445 e R$ 5,442. O gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, fechou a sessão com um declínio de 0,33%, aos 98,338 pontos.

Maiores altas e maiores quedas

O pregão da B3 fechou com a WEG (WEGE3) liderando as maiores altas, com aumento de2,70% no valor das ações. Em seguida aparece a Copel (CPLE6), subindo 2,15%. A Auren Energia (AURE3) e a Sabesp (SBSP3) fecharam a lista positiva com avanços de 1,99% e 1,89%, respectivamente.

Já na ponta negativa, o Magazine Luiza (MGLU3) encabeça as maiores quedas, com forte desvalorização de 7,97%. Na sequência surge a Braskem (BRKM5) decaindo 6,67%. A Cosan (CSAN3) e o Assaí (ASAI3) fecharam a lista vermelha baixando 4,19% e 3,80%, respectivamente.

Variações por setor

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) recuaram 0,79% e 1,01%, respectivamente. A PetroRio (PRIO3) desvalorizou 1,16% e a PetroRecôncavo (RECV3) baixou 0,49%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 0,92%, a Gerdau (GGBR4) decaiu 1,40%, a CSN Mineração (CMIN3) desvalorizou 1,06%, enquanto a Usiminas (USIM5) avançou 0,84%.

No setor bancário, o BTG Pactual (BPAC11) e o Itaú (ITUB4) fecharam em queda de 3,50% e 0,24%, respectivamente. O Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) apresentaram uma valorização de 0,25%, 1,15% e 0,29%, respectivamente.

Entre as varejistas, o Magazine Luiza (MGLU3) despencou 7,97%, a Lojas Renner (LREN3) fechou avançou 0,42%, a Vivara (VIVA3) teve leve alta de 0,18%, já a C&A (CEAB3) caiu 0,18%.

Índices dos EUA

As principais bolsas de Wall Street terminaram o dia no vermelho. Os índices S&P 500 e Nasdaq decaíram 0,63% e 0,47%%, respectivamente. O índice Dow Jones também recuou, 0,65%.