Exterior em alta

Ibovespa fecha em queda com ata do Copom e peso da Petrobras; dólar cai

O dólar comercial caiu 0,74%, a R$  5,77, engatando sua 12ª perda consecutiva, enquanto o Ibovespa caiu 0,65%

Café com BPM / Ibovespa
Foto: Freepik

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta terça-feira (4) com baixa de 0,65% aos 125.147 pontos. O dólar comercial caiu 0,74%, a R$  5,77, sua 12ª queda seguida.

A ata do Copom (Comitê de Política Monetária) e os desdobramentos de uma disputa comercial entre os EUA e os países taxados pelo presidente Donald Trump, moveram as apostas no Ibovespa. Além disso, a Petrobras (PETR4) e a Vale (VALE3) também puxaram o índice para baixo.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, fechou com baixa de 0,95%, a R$ 107,95.

A ata da reunião realizada pelo colegiado do BC (Banco Central) em janeiro foi divulgada nesta terça-feira, antes da abertura do mercado. A previsão de aumento de 1 ponto percentual para a próxima reunião, em março, foi reforçada pelo Copom, em seu compromisso de trazer a inflação à meta de 3%.

A taxa cambial e a inflação corrente foram os fatores citados pelo BC para a decisão. A pauta de ancoragem de expectativas também foi destacada, o que pode levar a reajuste de preços e salários acima da inflação, exigindo rigorosidade da autarquia.

Na política e economia internacional, a China decidiu impor uma taxação de 15% sobre uma série de produtos importados dos EUA, em retaliação às taxas de 10% impostas pelo governo norte-americano ao país asiático.

A Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado informou, nesta terça-feira (4), que, a partir de 10 de fevereiro, aplicará uma tarifa de 15% sobre o carvão e o gás natural liquefeito dos EUA, além de um adicional de 10% sobre petróleo bruto, maquinário agrícola, caminhonetes e veículos de grande cilindrada.

Com isso, o mercado global do câmbio sentiu um alívio, o que levou o dólar a sua 12ª queda consecutiva, bem como a curva de juros brasileira passou por mais um dia de relativa estabilidade no trecho curto e de baixa das taxas com prazos mais longos.

Enquanto isso, no radar corporativo, a Petrobras reportou um recuo na produção de petróleo e gás natural no quarto trimestre, a  2,628 kbep/dia, ao passo que o petróleo bruto caiu para 2,13 milhões de barris por dia. 

Ainda assim, o Bradesco BBI decidiu manter a recomendação de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 53. Da mesma forma, o Itaú BBA manteve a mesma recomendação, com preço-alvo de R$ 49, mas previu que a empresa deve apresentar resultados mais fracos no último trimestre de 2024.

A Braskem (BRKM5)  liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 3,89%. Logo atrás, Natura (NTCO3) e Sabesp (SBSP3) registraram altas de 2,83% e 1,46% respectivamente.

Já na ponta negativa, Automobilística (AMOB3) liderou as perdas, caindo 6,25%. Em seguida, vieram Suzano (SUZB4) e Azul (AZUL4), com perdas de 4,05% e 3,92%.

Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e bancos

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 1,48% e 0,99%, respectivamente. Prio (PRIO3) equilibrou em 0,00%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 0,35%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 2,23%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 0,90%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com altas de 0,36% e 0,58%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com desvalorização 0,20% e 1,28%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 0,28%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 0,62%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 3,23%.

Índices do exterior fecharam em alta

Os principais índices europeus tiveram desempenhos positivos nesta terça-feira (4). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 0,46%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 0,66%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,27%. 

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq subiram 0,72% e 1,26%, respectivamente. Já o Dow Jones avançou 0,30%.