O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (6) com queda de 0,03%, aos 128.465,69 pontos. O dólar comercial encerrou com leve alta de 0,07%, a R$ 5,07.
No decorrer do pregão, o Ibovespa operou de modo estável, enquanto o mercado observava as estimativas em relação à taxa Selic, que será anunciada após a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).
Além disso, na perspectiva do sócio da The Hill Capital, Pedro Marinho Coutinho, o superávit do setor público em março acabou sendo ofuscado pelas preocupações relacionadas à tragédia no RS (Rio Grande do Sul). “O mercado especula sobre o que precisará ser feito, quais serão os gastos”, disse ele.
“Temos um problema fiscal muito grande aqui e os investidores acabam especulando quanto de dinheiro o governo precisará investir. É lógico que isso precisa ser resolvido o mais rápido possível, mas tudo isso acaba refletindo um pouco em nossa curva de juros”, completou.
O índice ensaiou uma leve alta durante o dia, que não se sustentou, e o indicador começou a declinar. O economista e sócio da Nomos, Alexsandro Nishimura, apontou que as fortes chuvas no RS também afetaram as empresas do setor frigorífico.
Para ele, “as projeções de alta nos preços do milho, impulsionadas pela quebra na safra do estado e pelo escoamento da produção”, foram os principais fatores para a queda.
No radar corporativo, as ações da Braskem (BRKM5) deterioraram-se durante a tarde, após a Adnoc desistir de continuar o processo de compra da fatia da Novonor na petroquímica.
Além disso, em mais embates entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras (PETR4), Jan Paul Prates. Silveira declarou que a estatal poderia se empenhar mais em elevar a oferta de gás natural e reduzir os preços para auxiliar na revitalização do setor industrial do Brasil.
Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) fecham em alta
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 0,50% e 0,68%, respectivamente. Prio (PRIO3) teve alta de 0,94%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas o movimento negativo foi puxado pela Vale (VALE3) que cresceu 0,30%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 0,10%. Usiminas (USIM5) avançou 0,50%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com alta de 0,62% e 0,57%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) também seguiram em movimentos diferentes, com desvalorização 0,073% e equilibrada em 0,00%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) ficou em 0,00%. No mesmo sentido, as ações das Lojas Americanas (AMER3) ficaram em 0,00%. Casas Bahia (BHIA3) caiu 12,33%.
O Pão de Açúcar (PCAR3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 2,65%. Logo atrás, Petz (PETZ3) e SLC Agrícola (SLCE3) registraram altas de 4,09% e 1,52%, respectivamente.
Já na ponta negativa, Braskem (BRKM5) liderou as perdas, caindo 14,53%. Em seguida, vieram Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3), com perdas de 4,91% e 3,68%.
Índices do exterior fecharam em alta
Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta segunda-feira (6). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 1,04%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 0,49%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,53%. Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 1,03% e 1,19%, respectivamente. Já o Dow Jones subiu 0,42%.