O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou o pregão desta sexta-feira (15) com uma queda de 0,01%, aos 136.340,77 pontos. O dólar comercial desvalorizou 0,35%, fechando a R$ 5,398.
Após dois dias de ganhos consecutivos, o dólar perde força com a consolidação das apostas de corte nos juros dos EUA pelo Fed (Federal Reserve). Além disso a negociação entre Trump e Putin no Alaska para discutir possível cessar-fogo na guerra na Ucrânia, faz os preços do petróleo caírem quase US$1 nesta sexta-feira (15).
Thiago Calestine, economista e sócio da Dom Investimentos, disse que “estamos vivendo um cenário de desvalorização global do dólar. Esse movimento pode ser explicado por uma proximidade de queda de juros nos EUA e com o Fed inclinado a reduzir juros, os ativos em dólar oferecem uma remuneração menor, diminuindo a atratividade e, consequentemente, a demanda por dolarização”, diz o analista.
Os papéis da BRF e Marfrig sobem e lideram as altas do Ibovespa nesta sexta-feira, após balanço e iminência de fusão até o fim de setembro.
O dólar oscilou entre R$5,398 e R$5,399. O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, com queda de 0,36%, aos 97,87 pontos, acumulando, na semana, uma desvalorização perante o real de 0,70%.
Sobre a previsão da valorização da moeda brasileira, Thiago afirma: “Quanto ao real, é difícil prever o comportamento nos próximos meses. O fato é que o dólar, na minha opinião, já perdeu bastante valor desde janeiro. Mas, com a situação fiscal e monetária do Brasil começando a pesar, a tendência é que entremos em um forte ciclo de cortes de juros e uma política fiscal expansionista, deixando o real mais vulnerável a possíveis ataques cambiais e desvalorizações frente ao dólar”, completa Calestine.
Maiores altas e maiores quedas
O pregão da B3 fechou com a Marfrig (MRFG3) liderando as maiores altas, com aumento de 8,75%. A empresa é seguida pelo Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), com alta de 6,74%, na terceira colocação ficou a BRF (BRFS3), com crescimento de 5,62% e o Banco do Brasil Seguridade (BBAS3) fecha o ranking das maiores altas com alta de 4,03%.
A lista vermelha é encabeçada pela Embraer (EMBR3), com desvalorização de 4,21%. A São Martinho (SMTO3) fica na segunda posição, com recuo de 3,67%, a CSN (CSNA3) fechou com uma queda de 2,87% no terceiro lugar e, por último, está a Petz (PETZ3), com um recuo de 2,01%.
Variações por setor
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) recuaram 0,09% e 0,03%, a Prio (PRIO3) e a PetroReconcavo (RECV3) valorizaram 0,02% e 0,16%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 0,19%, a Gerdau (GGBR4) também registrou uma queda de 0,43%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) fechou em queda de 0,35%, enquanto o Bradesco (BBDC4), Santander (SANB11) e o Banco do Brasil (BBAS3) avançaram 0,12%, 0,26% e 4,03%, respectivamente.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 0,90%, a Lojas Renner (LREN3) fechou em alta de 0,69% e a Vivara (VIVA3) também cresceu, com uma valorização de 1,60% em seus papéis.
Índices dos EUA
As principais bolsas de Wall Street terminaram a semana de forma controversa. Os índices S&P 500 e Nasdaq desvalorizaram 0,29% e 0,40%, respectivamente. Enquanto o índice Dow Jones avançou 0,08%, aos 44.946,12 pontos.