O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quinta-feira (14) com queda de 0,25%, aos 127.689,97 pontos. O dólar comercial subiu 0,22%, a R$ 4,98.
No Brasil, a agenda seguiu sem novos dados econômicos para manter as estruturas. Sendo assim, o Ibovespa foi puxado para baixo pelos papéis da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR3;PETR4). No exterior, o resultado do PPI dos EUA não foi animador o suficiente. Leandro Petrokas, diretor de research e sócio da Quantzed, descreveu, ao BP Money, o panorama das maiores quedas e avanços da sessão.
‘A Vale segue em clara tendência de baixa e acompanhando a queda do minério no mercado internacional”, disse ele. A commodity em questão segue com baixa demanda na China, mercado global que mais faz uso do material.
Enquanto isso, o PPI (índice de preço ao produtor) do país norte-americano avançou 0,6% em fevereiro. Comparando com o mês anterior, o índice cresceu 0,3%, conforme informado nesta quinta-feira (14), pelo o Departamento do Trabalho. Pela estimava do consenso LSEG, os dados vieram acima do esperado.
Entre as maiores baixas, o setor siderúrgico exerceu determinada força no pregão desta quinta-feira, com CSN (CSN3) entre as líderes do ranking. “Na minha visão, o mercado enxerga risco de demanda por aço junto com o risco de aumento da oferta de aço vindo da China”, avaliou.
Já nos níveis positivos, a Embraer (EMBR3) teve o maior ganho do Ibovespa e chegou a superar R$ 21 bilhões em valor de mercado, o que não acontecia a 8 anos.
“Acredito que a empresa está se beneficiando com a deterioração da imagem de uma das principais concorrentes, a Boeing, devido a diversos problemas apresentados nas aeronaves da companhia americana. Notícia divulgada no X falava de pouso forçado devido a falha mecânica em um Boeing 777 hoje”, afirmou Petrokas.
Altas e baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) caem
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 0,68% e 0,44%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 0,65%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas o movimento negativo foi puxado pela Vale (VALE3) que caiu 1,27%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 3,02%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 2,08%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram em queda de 0,06% e 0,44%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram em movimentos opostos com valorização 0,63% e desvalorização 0,24%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 0,99%. Como a Magalu, as ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 1,82%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 1,48%.
A Embraer (EMBR3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 10,21%. Logo atrás, São Martinho (SMTO3) e Carrefour (CRFB3) registraram altas de 5,07% e 3,29%, respectivamente.
Já na ponta negativa, Cemig (CMIG4) liderou as perdas, caindo 4,15%. Em seguida, vieram CSN (CSNA3) e Hypera (HYPE3), com perdas de 3,75% e 3,70%.
Índices do exterior fecharam negativos
Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta quinta-feira (14). O índice DAX, de Frankfurt, desvalorizou 0,29%, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 0,29%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,18%. Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq recuaram 0,29% e 0,30%, respectivamente. Já o Dow Jones recuou 0,35%.
Em Nova York, apesar dos números do PPI terem vindo acima do esperado, as vendas do varejo ficaram aquém do esperado. O peso causou destruiu, ainda mais, as expectativas de corte na taxa de juros antes de junho.