Exterior também desvaloriza

Ibovespa fecha em queda por tensão após apagão cibernético; dólar sobe

O Ibovespa fechou a sessão desta sexta-feira (19) com baixa de 0,03%, aos 127.616,46 pontos; o dólar subiu, a R$ 5,60.

Ibovespa
Ibovespa / Foto: Freepik

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta sexta-feira (19) com baixa de 0,03%, aos 127.616,46 pontos. O dólar comercial subiu 0,30%, a R$ 5,60.

No começo da sessão, o Ibovespa vinha despontando para ganhos, repercutindo a notícia de congelamento dos R$ 15 bilhões em despesas do governo. Porém, a tensão aumentou entre os investidores e empresas após o apagão cibernético global que ocorreu durante a manhã.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, também ficou no positivo com avanço de 0,23%, a US$

Os sinais da pane nos sistemas tencológicos começaram na madrugada desta sexta-feira e impactaram atividades de comunicação, operações financeiras e transporte globalmente.

O incidente teve ligação à CrowdStrike, uma empresa especializada em segurança digital e atingiu os serviços da Microsoft (MSFT34) em dispositivos que utilizam o sistema Windows e o serviço de nuvem Azure.

“Isso traz uma certa preocupação por não saber o impacto que pode causar na economia, justamente por ter impactos relevantes em hospitais, em sistemas, em linhas aéreas”, disse Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital.

O fato causou tensão e volatilidade aos mercados. Os bancos sentiram bastante, principalmente no exterior, segundo ele.

“As bolsas americanas tiveram mais um dia de realização. Lembrando que vimos também o VIX, que é o índice que mede a volatilidade, um termômetro de medo do mercado, também atingindo níveis mais altos”, indicou.

Entre as maiores altas do Ibovespa, a Embraer (EMBR3) voltou a se destacar após demonstrar bons resultados e com o anuncio de que a Latam, a Gol (GOLL4) e a Azul (AZUL4) negociam a compra de jatos da fabricante brasileira.

Já entre as maiores perdas, uma das influencias foram os Treasuries – títulos do Tesouro dos EUA – que deram “uma leve estressada”, elevando a curva de juros aqui no Brasil, junto com o dólar. Sendo assim, ativos sensíveis, como IRB (IRBR3) e Cogna (COGN3), tendo impacto negativo.

A Dexco (DXCO3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 4,12%. Logo atrás, Sabesp (SBSP3) e Ultrapar (UGPA3) registraram altas de 3,51% e 2,88%, respectivamente.

Já na ponta negativa, IRB (IRBR3) liderou as perdas, caindo 4,49%. Em seguida, vieram Cemig (CMIG4) e Trans Paulista (TRPL4), com perdas de 3,48% e 3,12%.

Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) divergem

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 0,26% e 0,42%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 0,40%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 0,08%. Gerdau (GGBR4) registrou alta de 0,59%. Usiminas (USIM5) valorizou 1,55%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram mistos com alta de 0,76% e baixa 0,29%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram em movimentos opostos com desvalorização 0,24% e valorização 0,62%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 0,79%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 6,67%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 1,58%.

Índices do exterior fecharam em baixa

Os principais índices europeus tiveram desempenhos negativos nesta sexta-feira (19). O índice DAX, de Frankfurt, desvalorizou 1,09%, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 0,69%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,85%.

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq recuaram 0,71% e 0,81%, respectivamente. Já o Dow Jones caiu 0,93%.

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