O Ibovespa fechou a sessão desta quarta-feira (23) em baixa, puxado por tensões na Ucrânia e por papéis de minerados e serúrgicas, enquanto empresas ligadas a energia ajudaram a limitar as perdas.
O dólar, por sua vez, encerrou em queda de 0,94%, sendo cotado a R$ 5. Esse é o menor patamar alcançado pela moeda desde 30 de junho do ano passado (R$ 4,976) e o quarto pregão consecutivo de baixa.
Durante o pregão, o dólar chegou a operar abaixo dos R$ 5 (R$ 4,994), porém não conseguiu sustentar o valor. O movimento apoia-se num fluxo estrangeiro favorável baseado nos juros altos do país e uma migração para mercados vistos como mais baratos e ligados a commodities, caso do brasileiro.
Em relação a guerra no leste europeu, a preocupação do mercado se intensifica em meio à decretação por parte da Ucrânia de estado de emergência, pedindo que seus cidadãos na Rússia fuja, enquanto Moscou começou a esvaziar sua embaixada em Kiev.
No radar interno, as ações da Eletrobras (ELET6;ELET3) foram o grande destaque após a aprovação por parte dos acionistas no projeto de desestatização da companhia, prevista para acontecer no primeiro semestre do ano.
Na contramão, os papéis da 3R Petroleum (RRRP3) e Banco Inter (BIDI11) ficaram entre as maiores baixas após a divulgação dos resultados do quarto trimestre virem mais fracos que as expectativas.
A respeito dos indicadores, o IPCA-15 veio acima das expectativas do mercado e reforçou as apostas de que o Banco Central terá que levar a taxa de juros para perto de 13% para conter a inflação.
Bolsa
O Ibovespa fechou em baixa 0,78%, aos 112.007 pontos, após oscilar entre 111.748 e 113.721. O volume financeiro foi de R$ 29,2 bilhões.
Maiores altas
Eletrobras (ELET6) +3,27%;
Cemig (CMIG4) +2,28%;
Eletrobras (ELET3) +2,14%;
Taesa (TAEE11) +2,11%;
Copel (CPLE6) +1,81%
Maiores baixas
3R Petroleum (RRRP3) -12,49%;
Banco Inter (BIDI11) -12,12%;
Alpargatas (ALPA4) -6,09%;
CVC (CVCB3) -6,31%;
Raia Drogasil (RADL3) -6,02%
Dólar
O dólar fechou em baixa de 0,95%, a R$ 5,0042.
Ibovespa pela tarde
Às 17h06 (horário de Brasília), o índice apresentava baixa de 0,80%, aos 111.988 pontos. O dólar registrava desvalorização de 0,95%, a R$ 5,00.
Às 14h48 (horário de Brasília), o benchmark recuava 0,22%, aos 112.661 pontos. O índice virou para terreno negativo a medida que a recuperação em Wall Street perde o fôlego e os principais índices viram para baixas, com o mercado seguindo suas atenções à crise na Ucrânia. No cenário interno, o noticiário ainda conta com a repercussão dos dados de inflação, com o IPCA-15 acima do esperado. O dólar tinha queda de 0,80%, a R$ 5,01.
Índice ao meio-dia
Às 12h53 (horário de Brasília), o Ibovespa anula seus ganhos da sessão com recuo de 0,36%, aos 112.483 pontos. O dólar caía 0,57%, a R$ 5,02.
O retrocesso do índice era impulsionado com tombo de varejistas, que perdiam força no pregão do meio-dia.
As ações sodrinárias do PetroRio tinham destaque positivo com melhor desempenho, ao reportar avanço de 3,99, a R$ 25,52.
Ao meio dia, os papéis que lideravam as perdas da sessão eram da 3R Petroleum (RRRP3), Localiza (RENT3) e americanas (LCAM3), com perdas de 7,37%, 5,73% e 5,28% respectivamente.
O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) conservava o patamar positivo, porém ganhos reduzidos de 0,05%, aos 2.735 pontos.
Neste cenário, o ativo que liderava os ganhos com alta de 2,06%, a R$ 76,34 era o PATL11.
Já o XPCM11 tinha pior desempenho com queda de 1,06%, a R$ 17,86.
Como foi a abertura do Ibovespa?
O principal índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, iniciou a sessão desta quarta-feira (23) em ritmo otimista com alta de 0,10%, aos 113.005 pontos. O dólar se reduzia em 0,73%, cotado a R$ 5,01.
O mercado nacional acompanhou nesta manhã a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de fevereiro, reportada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que registrou a maior taxa para um mês de desde 2016, quando ficou em 1,42%, ao atingir alta de 0,99%.
Confira a abertura do Ibovespa na íntegra.
Pré-abertura da Bolsa
Na manhã desta quarta-feira (23), os índices futuros norte-americanos subiram no início do pregão desta quarta-feira, após o S&P 500 fechar em meio a uma correção com as crescentes tensões geopolíticas.
Wall Street acredita que existe 100% de chance de uma elevação da taxa na reunião de março do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), de acordo com a FedWatch do CME Group.
Os mercados europeus também operam em território positivo, com investidores monitorando os desdobramentos da situação da Rússia e Ucrânia, à medida que digerem resultados corporativos.
Confira a pré-abertura do mercado aqui.