Commodities desvalorizadas

Ibovespa fecha em queda refletindo desanimo com a China; dólar sobe

O Ibovespa fechou a sessão desta terça-feira (8) com baixa de 0,38%, aos 131.511,73 pontos; o dólar subiu, a R$ 5,53.

Ibovespa / Foto: CanvaPro
Ibovespa / Foto: CanvaPro

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta terça-feira (8) com baixa de 0,38%, aos 131.511,73 pontos. O dólar comercial subiu 0,86%, a R$ 5,53.

A economia chinesa marcou o Ibovespa e consagrou sua queda nesta sessão. Isto por conta do novo pacote de estímulos anunciados pela China, que o mercado não considerou satisfatório. Como consequência, as principais commodities derreteram e levaram o índice com elas.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, teve uma leve baixa de 0,03%, a US$ 102,50. 

Após a Golden Week, período de feriado na China em que as Bolsas estiveram fechadas, o país asiático anunciou, na madrugada desta terça-feira, um novo pacote de estímulos econômicos.

Serão adiantados pelo governo chinês 100 bilhões de yuan (cerca de US$ 14,1 bilhões) do orçamento de investimento de 2025, enquanto outros 100 bilhões de yuan serão destinados à projetos de construção.

Além disso, a China seguirá emitindo títulos governamentais especiais de longo prazo para 2025, segundo o presidente da NDRC (Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma), Zheng Shanjie.

“O pacote ficou bem abaixo do esperado pelo mercado, que tinha grande expectativa sobre o governo chinês anunciar um grande pacote de estímulos nessa volta do feriado”, avaliou Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital.

Com isso, o minério de ferro chegou a perdas acima de 2% na Bolsa de Dalian e todas as ações ligadas a esse insumo derreteram. Acompanhando o movimento, o petróleo também sofreu queda forte, com os preços de referência internacionais chegando a cair mais de 3% durante a sessão, o que derrubou as petrolíferas do Ibovespa.

No quadro político-econômico, Gabriel Galípolo passou pela aguardada sabatina na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, na tarde desta terça-feira. Ele foi aprovado por unanimidade para ser presidente do BC (Banco Central) a partir de 2025, porém ainda deve ser aprovado no plenário da Casa, o que deve ocorrer no mesmo dia.

“Entre as maiores altas, temos as ações da Azul, que fechou um acordo de R$ 3 bi com os arrendadores, e isso está refletindo positivamente nas ações”, indicou Fernandes.

“Outra grande destaque são as ações da Cogna. O Bradesco BBI revisou seus modelos, e deixou a Cogna como a Top Pick do setor. O papel sobe 9% após a recomendação do Bradesco BBI”, disse o analista.

A Cogna (COGN3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 12,70%. Logo atrás, Azul (AZUL4) e Yduqs (YDUQ3) registraram altas de 7,48% e 5,32%, respectivamente.

Já na ponta negativa, CSN (CSNA3) liderou as perdas, caindo 4,70%. Em seguida, vieram Usiminas (USIM5) e CSN Mineração (CMIN3), com perdas de 4,14% e 3,66%.

Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) carregam as perdas

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 2,16% e 2,01%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 3,12%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 3,03%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 1,75%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 4,14%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com alta de 0,60% e baixa 0,15%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização 0,13% e desvalorização 0,10%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 0,63%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 2,65%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 1,99%.

Índices do exterior fecharam em alta/baixa

Os principais índices europeus tiveram desempenhos negativos nesta terça-feira (8). O índice DAX, de Frankfurt, desvalorizou 0,09%, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 0,72%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,54%. 

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,97% e 1,45%, respectivamente. Já o Dow Jones subiu 0,32%.