O Ibovespa fechou a sessão desta terça-feira (28) com alta de 0,31%, renovando o recorde do índice, aos 147.428 pontos. As expectativas de corte de juros chegando nos EUA para esta quarta-feira (29) foi o que impulsionou o índice no pregão. Investidores mantêm-se ligados também às movimentações do presidente Trump, acerca das tratativas com o líder chinês Xi Jinping perante a uma guerra tarifária.
O principal índice acionário brasileiro atingiu mais um recorde de fechamento. Apesar do governo americano contar com um ‘shutdown’ por lá, o mercado mantém uma previsão de corte de juros de 0,25 ponto percentual nos EUA pelo Fed (Federal Reserve), chegando ao intervalo de 3,75% a 4%. Atualmente, prevalece globalmente o apetite ao risco.
Para Fabricio Voigt, economista da Aware Investments, a forte valorização do Ibovespa, que se aproxima dos 150 mil pontos, se dá por um “cenário de revisões positivas de crescimento e a percepção de maior previsibilidade na política econômica”, o que tem reforçado o apetite dos investidores globais por ativos de risco.
Em relação à política monetária nacional e as decisões do Copom (Comitê de Política Monetária) Fabricio sinalizou que apesar da taxa Selic apresentar níveis elevados (de 15% ao ano), “os investidores começam a precificar um ciclo de flexibilização monetária nos próximos trimestres, sustentado por projeções do arrefecimento da inflação, melhora gradual das contas públicas e com recentes resultados corporativos mais consistentes”, afirmou.
No ambiente político internacional, Trump voltou a criticar a gestão do presidente do Fed, Jerome Powell, chamou-o de “incompetente” e, por fim, destacou que a saída do comando da autoridade monetária americana está próxima.
“Temos um chefe incompetente do Fed… temos um cara ruim no Fed, mas ele sairá de lá em alguns meses e teremos alguém novo”, disse Trump a líderes empresariais durante sua viagem à Ásia. O mandato de Powell segue até maio de 2026.
O presidente americano segue viagem à Coreia do Sul e deve se encontrar com o líder chinês Xi Jinping, nesta quinta-feira (30), com expectativa de firmar acordos e aliviar a tensão comercial entre as duas nações.
Acerca do câmbio monetário, o dólar comercial caiu 0,19%, cotado a R$ 5,359. A moeda americana oscilou entre R$ 5,379 e R$ 5,360. O gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, encerrou o dia com uma leve queda de 0,11%, aos 98,691 pontos.
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Maiores altas e maiores quedas
O pregão da B3 fechou com a MBRF (MBRF3) liderando as maiores altas, com forte valorização de 15,62%. Em seguida, surge a Cogna (COGN3), com alta de 3,77% no dia. A lista verde se encerra com a Embraer (EMBR3) e a CSN Mineração (CMIN3), avançando 3,10% e 2,76%, respectivamente.
Já no campo negativo, a Auren Energia (AURE3) encabeça as maiores quedas, com desvalorização de 6,12%. Na sequência, aparece a C&A (CEAB3), caindo 3,32%. A CVC (CVCB3) e a Equatorial (EQTL3) fecharam a lista vermelha com uma queda de 3,23% e 3,19%, respectivamente.
Variações por setor
No setor petrolífero, as ações ordinárias da Petrobras (PETR3) avançaram 0,09%, enquanto as preferenciais (PETR4) registraram uma leve queda de 0,03%. A Prio (PRIO3) desvalorizou 1,54% e a PetroRecôncavo (RECV3) subiu 0,24%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) avançou 0,88%. A Gerdau (GGBR4) cresceu 1,32%, a Usiminas (USIM5) subiu 0,55% e a CSN Mineração (CMIN3) registrou uma valorização de 2,76%.
No setor bancário, o BTG Pactual (BPAC11) e o Itaú (ITUB4) fecharam com alta de 0,40% e 0,34%, respectivamente. Banco do Brasil (BBAS3) avançou 0,53%. Bradesco (BBDC4) anotou uma leve alta de 0,05%, enquanto o Santander (SANB11) caiu 0,14%.
Entre as varejistas, o Magazine Luiza (MGLU3) subiu 1,64%, a Lojas Renner (LREN3) fechou com uma queda de 1,62%. A Vivara (VIVA3) e a C&A (CEAB3) também registraram quedas no pregão, caindo 0,49% e 3,32%, respectivamente.
Índices dos EUA
As principais bolsas de Wall Street terminaram o dia no verde. Os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,23% e 0,80%, respectivamente. O índice Dow Jones também subiu 0,34%.
