Mercados convergem em queda

Ibovespa fecha em recuo, acompanhando exterior; dólar sobe

O Ibovespa fechou a sessão desta sexta-feira (15) com queda de 0,74%, aos 126.741,81 pontos; dólar subiu, a R$ 4,99.

Foto: Unsplash / Ibovespa
Foto: Unsplash / Ibovespa

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta sexta-feira (15) com queda de 0,74%, aos 126.741,81 pontos. O dólar comercial subiu 0,22%, a R$ 4,99.

Em mais uma sessão desvalorizada, as ações da Vale (VALE3) enfraqueceram o Ibovespa novamente. A mineradora brasileira passa por um período conturbado, com o minério-de-ferro, que caiu 10% no decorrer da semana. Com isso, os pares do setor levaram o efeito negativo adiante e também recuaram. Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, avalia também, em resposta ao BP Money, a queda das ações mais sensíveis aos juros.

O apetite para a aquisição da commodity, sobretudo na China, mercado que mais o utiliza, segue em níveis negativos. Sendo assim, na sessão desta sexta-feira na DCE (Bolsa de Mercadorias de Dalian), o contrato mais negociado do minério-de-ferro fechou em queda de 3,46%. A porcentagem é a menor desde agosto de 2023.

Segundo Nishimura, os balanço trimestrais seguem mexendo com as operações, a exemplo das Lojas Renner (LREN3) e Yuds (YDUQ3).

“Na curva DI, os vencimentos médios e longos foram mais impactados. Mostra que o mercado não vê influência sobre as decisões mais próximas do Copom, mas pode pesar sobre a taxa terminal da Selic”, comentou.

Para Nishimura, a autoridade monetária pode optar pela cautela e encerrar antecipadamente o ciclo de queda dos juros, diante dos sinais de que a economia segue resiliente após dados fortes de varejos, serviços e emprego.

Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) cai e Petrobras (PETR4) avança levemente

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 0,22% e avançaram 0,28%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 1,65%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas o movimento negativo foi puxado pela Vale (VALE3) que caiu 1,14%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 1,98%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 1,01%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram mistos com queda de 0,55% e alta de 1,02%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) também seguiram em movimentos opostos com desvalorização 0,56% e valorização 0,42%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) cairam 2,49%. De igual maneira, as ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 1,85%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 7,62%.

A Azul (AZUL4) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 6,89%. Logo atrás, Petrorecôncavo (RECV3) e Hypera (HYPE3) registraram altas de 4,15% e 4,03%, respectivamente.

Já na ponta negativa, Cogna (COGN3) liderou as perdas, caindo 11,74%. Em seguida, vieram Yuds/Estácio (YDUQ3) e Casas Bahia (BHIA3), com perdas de 9,76% e 7,62%.

Índices do exterior fecham em queda, sumariamente

Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta sexta-feira (15). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 0,03%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 0,04%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,19%. Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq recuaram 0,65% e 0,96%, respectivamente. Já o Dow Jones recuou 0,59%.

As Bolsas de Nova York enfrentam as novas perspectivas quanto ao corte na taxa de juros pelo FED (Federal Reserve). Isto, pois, segundo o CME Group (Chicago Mercantile Exchange), as chances de abertura do ciclo, para junho deste ano, caíram a 60%.

“O risco de que o Fed corte menos os seus juros puxou as bolsas para baixo, enquanto os yields dos treasuries e o dólar avançaram. As incertezas sobre as futuras decisões jogam atenção no comunicado da autoridade monetária, em busca de sinalizações sobre as opiniões dos membros do Fed”, comentou.