Negociações fracas

Ibovespa fecha em recuo com desânimo sobre Copom; dólar sobe

O Ibovespa fechou a sessão desta quinta-feira (21) com queda de 0,75%, aos 128.158,57 pontos; dólar subiu, a R$  4,97.

Foto: Pixabay / Ibovespa
Foto: Pixabay / Ibovespa

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quinta-feira (21) com queda de 0,75%, aos 128.158,57 pontos. O dólar comercial subiu 0,09%, a R$  4,97.

Uma série de fatores levou o Ibovespa para baixo, neste pregão. Inicialmente, a postura cautelosa demonstrada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) quanto aos futuros cortes na Selic, desanimaram o mercado. Enquanto isso, o preço do petróleo caiu e puxou a Petrobras (PETR4), ao passo que a Vale (VALE3) operou com oscilações, mesmo com o avanço do minério de ferro.

No caso do Copom, na quarta-feira (20) houve decisão sobre o corte na taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, chegando a 10,75% ao ano. O que surpreendeu o mercado foi a indicação de incerteza para as reduções que se esperava no decorrer do ano, apontando apenas para a próxima reunião, em maio.

Em outra ponta, a Petrobras – um dos papéis mais relevantes para o Ibovespa, junto com a Vale – precisou lidar, não apenas com a baixa da commodity, mas com as indicações da União e de acionistas minoritários para as eleições do Conselho de Administração e Fiscal.

Jean Paul Prates, atual presidente da estatal, é um dos nomes apresentandos para o conselho administrativo, bem como Pietro Adamo Sampaio Mendes. Já para a cadeira na divisão fiscal, a União indicou Daniel Cabaleiro Saldanha, Gustavo Gonçalves Manfrim, Cristina Bueno Camatta, Sidnei Bispo, Viviane Aparecida da Silva Varga e Otávio Ladeira de Medeiros.

Por último, o minério de ferro demonstra recuperação e tem operado em alta nas últimas sessões, o que beneficia a Vale. Nesta quinta-feira Bolsa de Dalian se aproximou dos US$ 118.

Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) desvalorizam

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 2,04% e 2,62%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 0,74%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas o movimento alternou. A Vale (VALE3) caiu 0,24%. Gerdau (GGBR4) registrou alta de 0,92%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 0,48%.

Parceiros

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) recuaram 1,03% e 1,40%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) também desvalorização 1,12% e 1,22%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 2,93%, assim como a Casas Bahia (BHIA3) que desvalorizou 3,10%. Diferente de ambas, as ações das Lojas Americanas (AMER3) avançaram 1,82%.

A Marfrig (MRFG3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 2,69%. Logo atrás, São Martinho (SMTO3) e Locaweb (LWSA3) registraram altas de 1,94% e 1,85%, respectivamente.

Já na ponta negativa, Cogna (COGN3) liderou as perdas, caindo 11,90%. Em seguida, vieram CVC Brasil (CVCB3) e Casas Bahia (BHIA3) , com perdas de 5,04% e 3,10%.

Índices do exterior fecharam em alta

Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta quinta-feira (21). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 0,85%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 0,22%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,94%. Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,32% e 0,20%, respectivamente. Já o Dow Jones avançou 0,68%.

Ao contrário do Ibovespa, entre as Bolsas europeias o corte de juros gerou o ânimo que levou aos fechamentos positivos e ao recorde do índice DAX. Andrew Bailey, presidente do Banco Central da Inglaterra, declarou que o país está no caminho certo para iniciar o ciclo de cortes na taxa de juros. A Bolsa de Frankfurt cravou os novo recorde de 18.178,47 pontos.

Como esperado, as falas de Jerome Powell, presidente do FED (Federal Reserve) também repercutiu bem nos países da Europa. Durante a “Super-Quarta”, o dirigente ressaltou os planos de flexibilizar a política monetária dos EUA até o final deste ano.