O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quarta-feira (24) com queda de 0,33%, aos 124.740,69 pontos. O dólar comercial subiu 0,34%, a R$ 5,14.
A sensação de amargor segue tomando conta do Ibovespa. O quadro é geral e atinge também o ânimo com as Bolsas no exterior. Mas a visão do mercado doméstico continua focada no Boletim Focus – do BC (Banco Central) – e em movimentações pelo lado corporativo.
Para Jaqueline Kist, especialista em mercado de capitais e sócia da Matriz Capital, a cautela vem a partir da alta da expectativa de inflação no Brasil para 2025 e PIB em 2024, previsões divulgadas na terça-feira (23).
Notícias Relacionadas
20 clubes
Times de futebol brasileiros têm soma recorde de receitas em 2023
Receitas somaram R$ 8,9 bilhões, alta de 19% em relação ao ano anterior, que foi de R$ 7,5 bilhões; gastos também aumentaram 20%
Recuo na demanda
Petróleo fecha em queda com menor preço desde março
O petróleo WTI com entrega prevista para junho cedeu 1,06%, a US$ 78,11, enquanto o contrato do Brent para julho recuou 0,85%, a US$ 82,96
A máxima dos “juros longos por mais tempo” tem se concretizado cada vez mais, com falas de dirigentes do Fed (Federal Reserve) indicando adiamento do corte de juros, o que também limita a a possibilidade de cortes na Selic (taxa básica de juros), segundo Kist.
Já no radar corporativo, que também balança o Ibovespa, como citado, as expectativas estão sobre o resultado do primeiro trimestre de 2024 da Vale (VALE3), que será divulgado ainda nesta quarta-feira.
Kist apontou que o mercado está otimista e, junto ao aumento do preço do minério de ferro, é o que manteve as ações no lado das altas, impedindo que o Ibovespa caísse ainda mais.
“De maneira geral, as expectativas em relação a essa temporada de resultados é de outro trimestre não tão positivo, perante um cenário macro mais difícil em âmbito doméstico e global, embora com leve melhora em relação à 2023”, alertou ela.
Também refletindo o balanço trimestral, mas de forma negativa, a Usiminas (USIM5) teve uma das piores quedas do Ibovespa, após apresentar queda anual de 93% no lucro líquido, com R$ 35,6 milhões no 1TRI24.
Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) fecham opostos
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 0,44% e 0,29%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 1,53%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 1,24%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 2,50%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 4,07%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com baixa de 0,31% e 0,36%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram opostos, equilibrando em 0,00% e valorizando 0,11%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 0,69%. Diferente da Magalu, as ações das Lojas Americanas (AMER3) avançaram 1,92%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 4,86%.
A PetroReconcavo (RECV3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 4,74%. Logo atrás, Ambev (ABEV3) e Grupo Pão de Açúcar – GPA (PCAR3) registraram altas de 1,94% e 1,81%, respectivamente.
Já na ponta negativa, Petz (PETZ3) liderou as perdas, caindo 8,74%. Em seguida, vieram Casas Bahia (BHIA3) e Usiminas (USIM5), com perdas de 4,86% e 4,07%.
Índices do exterior fecharam sem direção única
Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta quarta-feira (24). O índice DAX, de Frankfurt, desvalorizou 0,33%, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 0,17%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,45%. Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,03% e 0,10%, respectivamente. Já o Dow Jones desvalorizou 0,11%.
