Ibovespa fecha estável com decisão do Fed e PEC no radar

O dólar comercial fechou em queda de 1,42% a R$ 5,59

Em um dia de muita volatilidade, o Ibovespa conseguiu sustentar alta no retorno do feriado. A sessão desta quarta-feira (3) foi marcada pela decisão do Fed (banco central americano) a respeito da política monetária dos Estados Unidos, pela votação da PEC dos Precatórios e a constante preocupação fiscal.

No cenário interno, a política foi o chamariz das atenções. A PEC, que ainda não foi votada, determina se o pagamento de dívidas judiciais da União será limitado para criar espaço no Orçamento e custear o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família. 

Mesmo que o governo afirme a inclusão da proposta respeitando o teto de gastos, investidores temem um ‘rombo’ nas contas públicas. 

De acordo com o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), existem votos suficientes para aprovar a PEC ainda nesta quarta-feira (3).

Já no mercado, o pregão foi de fraco desempenho para as ações da Vale (VALE3), que sentiram o impacto da queda do minério de ferro e desabaram 7,59%. Vale lembrar que na véspera o ADR da mineradora já tinha levado tombo de 4,4%. 

Outra blue chip prejudicada hoje foi a Petrobras (PETR4), que recuou 4,11% puxada pela baixa de 3,94% a US$ 81,37 para o barril do Brent (usado como referência pela estatal). O WTI caiu 4,56% a US$ 80,08 o barril. (veja mais aqui).

Em contrapartida, os papéis da Lojas Americanas dispararam 13,3% após avanço na fusão com a Americanas (+6,57).

Ainda por aqui, foi divulgada pela manhã a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o qual elevou a taxa básica de juros (Selic) em 1,5%. (veja mais aqui).

O documento revelou que o Banco Central pensou em acelerar a alta da Selic para além do definido, mas a decisão final projetava cumprir a meta da inflação em 2022.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve anunciou redução de US$ 15 bilhões para a compra de títulos públicos a partir do final deste mês. A decisão indica os primeiros passos para acabar com a postura adotada pela instituição durante a pandemia, cortando os estímulos à economia do país. (veja mais aqui).

Apesar das mudanças, os juros seguem entre 0% e 0,25%.

Em Wall Street, o impacto do Fed foi positivo e levou os índices a novos recordes. O S&P 500 fechou em alta de 0,65% a 4.660 pontos, o Dow Jones subiu 0,29% a 36.157 pontos e o Nasdaq ganhou 1,04% a 15.811 pontos.

Bolsa

O Ibovespa fechou estável com leve alta de 0,06% aos 105.616 pontos. O volume de negócios foi de R$ 38,7 bilhões. 

Dólar

O dólar comercial fechou em queda de 1,42% a R$ 5,589 na compra e R$ 5,590 na venda.

Ibovespa pela tarde

Às 14h42 (horário de Brasília), o principal benchmark da bolsa virava para queda de 0,36% aos 105.170 pontos.O dólar recuava 0,76% a R$ 5,63. 

Índice ao meio-dia 

Às 11h56 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 0,02% aos 105.574 pontos.O dólar tinha queda de 0,26% a R$ 5,65. 

No entanto, às 11h57 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em queda de 0,01% aos 105.541 pontos.O dólar tinha queda de 0,26% a R$ 5,65. 

No início da tarde desta quarta-feira (3), o Ibovespa operava entre perdas e ganhos, enquanto Vale e Petrobras registravam perdas. 

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), divulgou nesta manhã a ata da última reunião, quando elevou a Selic de 6,25% para 7,75% ao ano. No documento, o Comitê justificou que a alta da taxa básica de juros ocorreu  por entender que esse ritmo de ajuste é o mais adequado para garantir a convergência da inflação para as metas no “horizonte relevante” (veja mais aqui).

Como foi a abertura do Ibovespa?

Às 10h16 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em queda de 0,45% aos 105.071 pontos.O dólar tinha alta de 0,20% a R$ 5,68. 

Nesta quarta-feira (3), o Ibovespa opera em queda após os ADRs, ações de empresas negociadas em Nova York, nos Estados Unidos, registrarem recuo expressivo na véspera, dia em que a B3 estava fechada por causa do feriado de Finados. 

Além disso, o indicador foi pressionado pela queda nas ações mais líquidas, como Vale, Petrobras e bancos. 

Nesta manhã, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) da quarta quadrissemana de outubro registrou avanço de 0,77% e acumula alta de 9,73% nos últimos 12 meses (veja mais aqui). 

Em relação as commodities, o petróleo recuou mais de 2% na manhã nesta quarta-feira (3), véspera da reunião da Organização dos Países Exportadores da commodity e seus aliados (Opep+). A queda vem em meio a pressão dos Estados Unidos para o grupo elevar a oferta para conter os preços do setor de energia (veja mais aqui).

Pré abertura da Bolsa

O Ibovespa encerrou o pregão de segunda-feira (1º) em alta, com os papéis da Cogna Educação se destacando após a conclusão da operação com a Eleva Educação (lei aqui). Além disso, as ações do Banco Inter também saltaram. Devido ao feriado dos Finados na terça-feira (2) não houve negociações na B3. Em outubro, o principal benchmark da Bolsa brasileira registrou seu pior desempenho, acumulando perdas de 6,74%.

Na sessão desta quarta-feira (3), as atenções estão voltadas para a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que optou por aumentar a Selic em 1,5 ponto percentual, a 7,75% ao ano. A nova tentativa para a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, na Câmara, também está no radar.

Nesta manhã, a maior parte dos mercados mundiais ficam estáveis, contudo, a Bolsa brasileira pode repercutir a queda expressiva dos ADRs na véspera, levando o índice Brasil Titans 20 a um recuo de mais de 2%.

Os índices futuros norte-americanos ficam estáveis na manhã desta quarta-feira, à medida que investidores aguardam a divulgação da decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) sobre a redução do seu ritmo de compra de títulos, que até o momento está em US$ 120 bilhões (R$ 624 bilhões).

O mercado espera que a desaceleração seja iniciada e encerrada completamente em meados de ano que vem. Além disso, falas sobre a inflação também são aguardadas, após ela atingir seu maior nível em 30 anos.

Na Europa, o índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, fica no vermelho.

Em Glasgow, no Reino Unido, a COP26, em que questões climáticas serão debatidas, continua nesta quarta-feira. Joe Biden, presidente dos EUA, afirmou na véspera que uma das coisas mais importantes para o mundo, no momento, é a redução da emissão de metano.

A maior parte das bolsas asiáticas registraram desempenhos variados entre si, com investidores atentos às decisões do Fed. Na quarta-feira saiu a pesquisa privada Índice do Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) Caixin/Markit da China, que ficou em 53,8 pontos em outubro, ante a 53,4 do mês anterior.

Já em relação às commodities, os preços do petróleo tiveram queda de mais de 1%. A retração foi acompanhada pelos futuros do minério de ferro.
 
Confira os principais índices às 7h50:
 
IFIX [-0,09%]
 
ÁSIA
Nikkei 225 [-0,43%]
S&P/A SX 200 [+0,93%]
Hang Seng [-0,30%]
Shanghai [-0,20%]
 
EUROPA
DAX [-0,08%]
FTSE 100 [-0,25%]
SMI [-0,14%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
US 30 [-0,12%]
US 500 [-0,08%]
S&P 500 VIX [+0,45%]
US 2000 [+0,16%]
 
COMMODITIES
Ouro [-0,23%] US$1.785,15
Prara [+0,39%] US$ 23,598
Cobre [+1,09%] US$ 4,4125
Petróleo WTI [-2,48%] US$ 81,84
Petróleo Brent [-2,47%] US$ 82,88
Minério de ferro futuro [-3,10%] US$ 99,40

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