O Ibovespa fechou a sessão desta terça-feira (30) de forma estável com leve queda de 0,07%, aos 146.237 pontos, em dia marcado novamente pelas ações da Petrobras. Dados de emprego no Brasil e nos EUA alavancaram o índice durante a manhã, mas logo baixou.
Durante o dia, a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) divulgou que está considerando aumentar a oferta da commodity em novembro. Os preços do petróleo despencaram no exterior puxando os papéis da maior petroleira nacional junto.
No ambiente nacional, a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) trouxe informações sobre o mercado de trabalho e indicou que estamos na menor taxa da série histórica para o trimestre até agosto, com uma desocupação de 5,6%. A taxa recuou nas duas comparações: 0,6 ponto percentual relacionado ao trimestre móvel anterior (6,2%) e 1,0 ponto percentual relacionado ao mesmo trimestre de 2024 (6,6%).
Um mercado de trabalho forte pressiona o BC (Banco Central). Embora sinalize uma contradição, a força de emprego tem sido uma das maiores preocupações da superintendência devido à inflação que pode trazer e o quanto de juros a autoridade traria para conter a situação.
No cenário externo, novos dados do mercado de trabalho americano foram divulgados durante o dia, dando novas pistas sobre os próximos passos da política monetária norte-americana. Segundo dados do relatório Jolts, o número de vagas de trabalho disponíveis em agosto nos EUA foi de 7,2 milhões – acima da expectativa de abertura, de 7,1 milhões.
Leonardo Santana, especialista em investimentos e sócio da casa de análise Top Gain, disse que os dados do jolts vieram acima do esperado e que “essa leitura reforça a ideia de que a economia americana segue robusta, o que pode adiar cortes de juros pelo Fed.”
A Casa Branca tem prazo limitado para aprovar um acordo no Congresso e evitar o “shutdown” – paralisação parcial do governo por falta de verba. Donald Trump, presidente dos EUA, já sinalizou que o governo americano, provavelmente, enfrentará a paralisação em meio a falta de acordo entre os congressistas.
Em relação ao câmbio, o dólar comercial manteve-se estável, cotado a R$ 5,322. Durante o dia, a moeda americana oscilou entre R$ 5,315 e R$ 5,323. O gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, encerrou com leve queda de 0,12%, aos 97,818 pontos.
Maiores altas e maiores quedas
O pregão da B3 fechou com a Minerva (BEEF3) liderando as maiores altas, com aumento de 3,06% no valor dos papéis. A empresa é seguida pela MRV&Co (MRVE3), com alta de 3,05%%. A Construtora Cury (CURY3) e a IRB (IRBR3) fecharam os vetores positivos da sessão, com avanço de 2,46% e 2,32%, respectivamente.
Já na ponta negativa, o Magazine Luiza (MGLU3) encabeça a lista vermelha com forte declínio de 9,42%. O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) aparece na sequência com queda de 9,17%. A Lojas Renner (LREN3) e a Usiminas (USIM5) fecharam a lista das maiores quedas da sessão, anotando 4,51% e 3,64%, respectivamente.
Variações por setor
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) recuaram 1,57% e 1,10%, respectivamente. A PetroRio (PRIO3) desvalorizou 2,00% e a PetroRecôncavo (RECV3) caiu 1,64%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,52%, a Gerdau (GGBR4) caiu 0,89%, a Usiminas (USIM5) desvalorizou 3,64% e a CSN Mineração (CMIN3) avançou 0,18%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) fechou com alta de 0,46%, o Banco do Brasil (BBAS3) caiu 0,14%. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização de 0,58% e de 0,17%, respectivamente.
Entre as varejistas, o Magazine Luiza (MGLU3) registrou forte declínio de 9,60% no valor das ações. A Lojas Renner (LREN3) fechou com queda de 4,00%, a Vivara (VIVA3) recuou 1,38% e a C&A (CEAB3) encerrou a sessão caindo 2,61%.
Índices dos EUA
As principais bolsas de Wall Street terminaram o dia no verde. Os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,41% e 0,31%, respectivamente. O índice Dow Jones também subiu 0,18%.