O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta terça-feira (14) com alta de 0,28%, aos 128.515,49 pontos. O dólar comercial caiu 0,39%, a R$ 5,13.
Durante a sessão, o Ibovespa registrou altas e operou próximo da estabilidade. Investidores passaram o dia digerindo a ata do Copom, que reverteu a primeira impressão causada pelo comunicado do comitê.
A ata do Copom apontou que houve menos divergências entre os membros, evidenciando a argumentação técnica da ala que defendeu o corte de 0,5 p.p. (ponto percentual) da taxa Selic.
“Isto deu amparo para o Ibovespa manter a alta, apesar da pressão causada pelas perdas das ações da Petrobras e o desempenho frágil dos pares de Wall Street, onde o PPI avançou ligeiramente acima do esperado”, explicou Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
“A ata do conselho mostrou um compromisso dos diretores com a manutenção do ciclo de redução da taxa básica de juros no Brasil, numa tentativa de conciliar o combate à inflação – que pede juros mais altos – com as expectativas do mercado – que pede juros mais baixos”, acrescentou Felipe Castro, sócio da Matriz Capital.
No radar corporativo, o CFO da Petrobras (PETR4), Sergio Caetano Leite, declarou que não seria ideal a petroleira ter 100% da Braskem (BRKM5).
Além disso, as atenções estão voltadas para a divulgação dos balanços do primeiro trimestre de 2024. Na véspera, a Petrobras divulgou que registrou uma queda de 37,9% no lucro na comparação anual, totalizando R$ 23,7 bilhões.
Já em relação ao balanço do trimestre da Itaúsa (ITSA4), analistas viram um resultado “positivo”, impulsionado pelo banco Itaú (ITUB4). A Nima, por sua vez, reverteu o prejuízo do ano anterior, registrando lucro de R$ 97,5 milhões.
No exterior, foi divulgado nesta terça-feira que o PPI (Índice de Preços ao Produtor) dos EUA teve alta de 0,5% em abril. Essa aceleração veio após uma queda de 0,1% em março.
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No que diz respeito às commodities, os preços internacionais do petróleo encerraram a sessão em queda, com o tipo WTI para junho contraindo 1,39%, a US$ 78,2, e o Brent para julho recuando 1,18%, a US$ 82,38.
Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4)
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 2,74% e 1,78%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 1,01%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas o movimento negativo foi puxado pela Vale (VALE3) que caiu 0,31%. Gerdau (GGBR4) registrou leve alta de 0,26%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 0,88%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram no positivo, com alta de 0,97% e 0,79%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) também seguiram em movimentos opostos, com desvalorização 0,37% e valorização 0,14%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 1,27%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) avançaram 1,89%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 1,79%.
A Hapvida (HAPV3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 11,16%. Logo atrás, Embraer (EMBR3) e CPFL Energia (CPFE3) registraram altas de 7,41% e 3,23%, respectivamente.
Já na ponta negativa, Grupo Natura (NTCO3) liderou as perdas, caindo 9,25%. Em seguida, vieram IRB Brasil (IRBR3) e CSN Mineração (CMIN3) , com perdas de 3,71% e 2,29%.
Índices do exterior fecharam em alta/baixa
Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta terça-feira. O índice DAX, de Frankfurt, desvalorizou 0,15%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 0,20%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,18%. Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,48% e 0,75%, respectivamente. Já o Dow Jones subiu 0,36%.
