'Sextou' com moderação

Ibovespa fecha com leve alta de olho no PCE dos EUA; dólar cai

Mercado mantém olhares sobre dados de inflação dos EUA; tombo da Vale e salto do setor bancário também são destaques

Foto: Ibovespa/CanvaPro
Foto: Ibovespa/CanvaPro

O Ibovespa encerrou a sessão desta sexta-feira (26) em estabilidade com leve alta de 0,10%, aos 145.446 pontos. O mercado brasileiro manteve sob radar os dados inflacionários da economia americana. O tombo de um dos maiores pesos da principal referência acionária brasileira, a Vale, e o forte salto do setor bancário são destaques do Ibovespa no dia.

Após a divulgação surpreendente de um salto do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA acima das expectativas, fez com que especialistas reduzissem a previsão de cortes futuros nos juros ainda neste ano. Além disso, a repercussão do índice inflacionário preferido do Fed (Federal Reserve), o PCE de agosto, movimentou o mercado. O PCE avançou 0,3% em agosto e manteve-se dentro das expectativas do mercado.

Segundo Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, “o avanço de 0,3% em agosto e de 2,7% em 12 meses reforçou a percepção de desaceleração gradual da inflação”, disse.

Com os indicadores indicando uma inflação persistente e uma certa resiliência na economia norte-americana, as chances do Fed realizar uma queda acumulada de mais 50 pb (pontos-base) ainda em 2025 despencou e boa parte do mercado passou a esperar uma pausa em outubro.

Para Christian Iarussi, economista e sócio da The Hill Capital, “esse quadro gera um dilema, já que o mercado cogita cortes de até 50 pontos-base, acredito que o Fed será mais cauteloso, possivelmente limitando os cortes a 25 pontos”, afirmou.

No cenário nacional, os destaques são os dados referente ao setor externo do mês de agosto. Além disso, as ações da Vale (VALE3) caíram 2,16% e foram um destaque negativo do pregão. Enquanto isso, o setor bancário decola e as grandes instituições como, Santander (SANB11), Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú (ITUB4) valorizaram no pregão da B3.

Em relação ao câmbio, o dólar comercial caiu 0,46% e  fechou o dia cotado a R$ 5,338. A moeda americana oscilou entre R$ 5,362 e R$ 5,339. O gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, com queda de 0,30%, aos 98,152 pontos.

Maiores altas e maiores quedas

O pregão da B3 fechou com o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) liderando as maiores altas, crescendo 2,59%. Em seguida, aparece a Vamos (VAMO3) com avanço de 2,51%. A ISA Energia e a Caixa Seguridade fecham a lista positiva com altas de 2,48% e 2,44%, respectivamente. 

Já na ponta negativa, a Braskem encabeça com forte declínio de 14,81%. A MRV&Co (MRVE3) aparece na segunda posição com queda de 2,01%. A Vale (VALE3) e a MBRF (MBRF3) fecham a lista vermelha caindo 1,92% e 1,88%, respectivamente. 

Variações por setor

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) recuaram 0,63% e 0,34%, respectivamente. A PetroRio (PRIO3) anotou uma leve alta de 0,23% e a PetroRecôncavo (RECV3) recuou 0,31%.

As mineradoras e siderúrgicas encerraram o dia no vermelho. A Vale (VALE3) teve queda de 1,92%, a Gerdau (GGBR4) caiu 0,36%, a Usiminas (USIM5) baixou 0,45% e a CSN Mineração (CMIN3) registrou um declínio de 0,38%.

Já o setor bancário fechou a semana com o sinal verde. O Itaú Unibanco (ITUB4) registrou alta de 0,49%, o Banco do Brasil (BBAS3) avançou 1,47%, o Bradesco (BBDC4) valorizou 0,51% e o Santander (SANB11) teve forte crescimento de 2,31% no valor das ações.

Entre as varejistas, o Magazine Luiza (MGLU3) teve alta de 1,54%, a Lojas Renner (LREN3) subiu 0,64%, a Vivara (VIVA3) avançou 0,42% e a C&A (CEAB3) encerrou o pregão com leve alta de 0,12%.

Índices dos EUA

As principais bolsas de Wall Street encerraram o dia no verde. Os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,59% e 0,44%, respectivamente. O índice Dow Jones também subiu 0,65%.