O Ibovespa encerrou janeiro com alta acumulada de 3,37%. Esta terça-feira (31), último dia do mês, ajudou no viés positivo do principal índice da Bolsa brasileira, que encerrou com ganhos de 1,03%, aos 113.430 pontos. O dólar caiu 0,75%, a R$ 5,07. Em janeiro, a queda da moeda norte-americana foi de mais de 3%.
Na visão de Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos, o Ibovespa fechou em alta nesta terça por questão sistêmica, com a maior parte dos setores subindo em blocos.
Na quarta-feira (01) acontece a primeira Super Quarta do ano, com reuniões do Copom e do Fomc, o que também está no foco dos investidores. “A expectativa em relação à desaceleração da elevação de juros na reunião traz euforia e animação e colaborou para as altas de S&P, Dow Jones e Nasdaq no dia. No Brasil, também é consenso a manutenção de juros em 13,75%, o que já está precificado”, apontou o analista.
Entre as maiores altas do Ibovespa, o setor de saúde se destacou, com Hapvida (HAPV3) ganhando 10,43% e Qualicorp (QUAL3) subindo 7,26%.
Cogna (COGN3) puxou os maiores ganhadores, subindo 10,65%. Na segunda-feira (30), o Bradesco BBI elevou a recomendação de venda para neutro e cortou o preço-alvo dos papéis da Cogna, de R$ 2,70 para R$ 2,40 no fim de 2023. Ainda, na véspera, Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, autorizou repasse de R$ 500 mi da União para o Fundo Garantidor do Fies (FG-Fies)
Natura (NTCO3) teve alta de 6,74%, também entre destaques. As ações ainda refletiam uma possível compra de uma participação na Aesop, marca de luxo da companhia de cosméticos, que para analistas é uma notícia positiva para a Natura.
Dexco (DXCO3) fechou o ranking positivo, com alta de 6,81%, respectivamente.
Notícias Relacionadas
Pré-mercado
Café com BPM: bolsas mistas à espera de dados econômicos
Investidores aguardam os números dos relatórios preliminares do PMI de Serviços, Composto e Industrial de novembro
Acesso ao crédito
Mercado de capitais ultrapassa empréstimos bancários; o que explica?
Segundo a Anbima, empresas captaram R$ 484,2 bi no mercado de capitais no acumulado dos oito primeiros meses, valor recorde para o período
Na outra ponta, Assaí (ASAI3) puxou as maiores quedas, caindo 5,25%. No setor, Pão de Açúcar (PCAR3) e Carrefour (CRFB3) subiram 3,35% e 1,72%.
No entanto, era o setor de proteínas e frigoríficos que se destacou negativamente. JBS (JBSS3) perdeu 3,68%, Marfrig (MRFG3) caiu 0,77% e Minerva (BEEF3) teve baixa de 1,27%.
No setor de petróleo e gás, Petrobras (PETR3;PETR4) ganhou 1,72% e 1,67%. PetroRio (PRIO3) avançou 1,61%. 3R Petroleum (RRRP3) caiu 0,91%. Petrorecôncavo (RCEV3) perdeu 2,07%.
Em mineração, Vale (VALE3) caiu 0,11%. Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM5) e CSN (CMIN3) encerraram em alta de 1,48%, 0,94% e 4,26%, respectivamente.
Entre bancos, Santander (SANB11) subiu 1,72%, Bradesco (BBDC4) ganhou 2,03%, Itaú (ITUB4) valorizou 1,56% e Banco do Brasil (BBAS3) teve leve alta de 0,05%.
No setor varejista, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 1,61%. Via (VIIA3) fechou em alta de 2,54%. Americanas (AMER3), fora do Ibovespa, ganhou 18,62%, a R$ 1,72.
No exterior, Wall Street teve dia positivo, como o Ibovespa. Nasdaq ganhou 1,67%, S&P 500 subiu 1,46% e Dow Jones avançou 1,09%.
