Ibovespa fecha semana em baixa e sexta é de forte queda; dólar sobe

Principal índice da Bolsa caiu quase 2%, aos 112 mil pontos

O Ibovespa encerrou a segunda semana de outubro em queda de 3,70%. Esta sexta-feira (14) também foi negativa, com o principal índice da Bolsa registrando baixa de quase 2%, aos 112 mil pontos, pressionado por índices no exterior e pela queda das commodities. O dólar, por sua vez, subiu mais de 1%, a R$ 5,33.

“O Ibovespa seguiu as bolsas internacionais que recuaram após divulgação do índice de sentimento do consumidor americano, da Universidade de Michigan, que mostra piora da inflação. Para um ano, a expectativa de inflação aumentou de 4,7% para 5,1%. Com esse dado, bolsas americanas recuaram seguidas também pelo Ibovespa”, explicou Fabio Louzada, economista, analista CNPI e fundador da Eu me banco.

Ainda assim, segundo o analista, o pessimismo já tinha começado na véspera, com os dados de CPI, a inflação norte-americana, que foram divulgados acima das expectativas, colaborando para uma fuga de ativos de risco. “Com isso, fica cada vez mais claro que o Fed (banco central dos EUA) precisará seguir com o ciclo de alta de juros e subir 75 pontos na próxima reunião”, disse Louzada.

Dessa forma os destaques negativos ficaram por conta do setor de varejo, com Magazine Luiza (MGLU3) caindo 11,18%, Americanas (AMER3) recuando 8,45%,  Via (VIIA3) registrando queda de 7,12% e Méliuz (CASH3) perdendo 5,83%. 

YDUQS (YDUQ3) fechava o ranking de maiores baixas, recuando 7,85%. No setor de educação, Cogna (COGN3) perdeu 3,63%.

“No Ibovespa, empresas ligadas a commodities caíram. Além do temor de recessão e desaceleração econômica, a queda da produção de barris de petróleo colabora para a queda de empresas como PetroRio, PetroReconcavo e Petrobras”, apontou Louzada. 

Com isso, Petrobras (PETR3;PETR4) caiu 1,77% e 1,47%. PetroRio (PRIO3) recuou 2,39% e  3R Petroleum (RRRP3) perdeu 6,11%, entre as maiores quedas. Petrorecôncavo (RECV3) teve baixa de 0,82%. 

Já em mineração, CSN (CMIN3) recuou 3,82%. No setor, Vale (VALE3) desvalorizou 3,28%. Gerdau (GGBR4) perdeu 2,35% e Usiminas (USIM5), 4,04%. 

No setor de frigoríficos, Marfrig (MRFG3) caiu 3,03%, JBS (JBSS3) perdeu 2,34%, BRF (BRFS3) teve queda de 3,69%. Minerva (BEEF3) desvalorizou 5,87%.

Na contramão, os destaques positivos do pregão eram do setor de energia, com Energisa (ENGI11) subindo 1,39%, Eneva (ENEV3) avançando 0,75% e Engie (EGIE3) ganhando 0,24%. EDP Brasil (ENBR3) ganhou 0,09%.

Klabin (KLBN3) também se destacou, com alta de 0,05%.

Cyrela (CYRE3), que apareceu entre os maiores ganhadores durante o pregão, fechou em alta de 0,27%. No setor de construção, Eztec (EZTC3) perdeu 0,40%, enquanto MRV (MRVE3) caiu 0,38%. 

No exterior, Wall Street encerrou no vermelho, pressionando o Ibovespa. Nasdaq caiu 3,08%. Dow Jones registrou queda de 1,32%. S&P 500 recuou 2,34%. 

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