Ibovespa fecha último pregão do mês em queda amena, mas sobe 6% em março

O índice fechou em queda de 0,22%, aos 119.999 pontos.

O principal índice da bolsa de valores, o Ibovespa, fechou a última sessão do mês desta quinta-feira (31) em queda de 0,22%, aos 119.999 pontos. O dólar fechou em queda de 0,57%, sendo negociado a R$ 4,75.

Ao contrário das expectativas, o Ibovespa se despede de março com seu último pregão registrando uma pontuação abaixo dos 120 mil pontos. Porém, observando os horizontes, em uma perspectiva otimista, ao totalizar a performance do mês, o índice registrou uma valorização de 6,06%.

Os investidores acompanharam o recuo dos preços do petróleo após os Estados Unidos anunciarem a liberação de barris da reserva e a Opep+ divulgar um aumento na produção. 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pretende liberar, nesta quinta-feira (31),1 milhão de barris de petróleo por dia da Reserva Estratégica de Petróleo do país, por até 180 dias, com o intuito de adicionar uma grande quantidade da comodity no mercado global, segundo fonte familiarizada com o assunto da Casa Branca. As informações são do The New York Times.

Durante o pregão, o destaque foi para os papéis ordinários e preferenciais da Petrobras, que engataram uma trajetória de alta mais consistente no meio da tarde, terminando o dia com valorização. 

Embora tenha desempenhado um rendimento negativo, a B3 conseguiu performance, desprendendo-se do exterior, que apresentou fortes tombos com os principais índices fechando no vermelho. O índice Dow Jones caiu 1,56%, aos 34.678 pontos. O S&P 500 recuou 1,56%, aos 4.530 pontos, enquanto o Nasdaq teve baixa de 1,54%, aos 14.220 pontos.

Quanto ao desempenho do petróleo, a commodity viu seus contratos futuros encerraram o dia em forte queda. O petróleo Brent para junho finalizou com perdade de 6,03%, a US$ 104,71 por barril, enquanto o do WTI para maio apresentou desvalorização de 6,99%, a US$ 100,28 por barril na sessão. 

O desempenho negativo foi reflexo da pela notícia de que os Estados Unidos vão liberar petróleo da sua reserva estratégica para ajudar a manter os preços da commodity sob controle.

No cenário nacional, o radar acompanhou a divulgação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que elevou sua projeção para o IPCA de 2022 para 6,5%, ante 5,6% projetados anteriormente. Anteriormente a expectativa já havia  sido resultado de uma revisão para cima em fevereiro. 

Ibovespa pela tarde

Às 16h35, o Ibovespa virava para alta de 0,012%, aos 120.274 pontos. Já o dólar tinha biaxa de 0,54%, cotado R$ 4,76.

Às 15h10, o benchmark recuava 0,049%, aos 120.201 pontos. O índice vira para queda após os preços do petróleo acentuarem perdas no exterior, em meio a confirmação da Casa Branca em liberar reservas da matéria-prima nos EUA para dar uma folga na oferta. Já o dólar tinha biaxa de 0,92%, cotado R$ 4,74.

Índice ao meio-dia 

Às 12h21, o Ibovespa tinha ganhos de 0,10%, aos 120.358 pontos, ainda puxado pela queda do petróleo. Enquanto isso, no mesmo horário, o dólar tinha leve queda de 0,02%, cotado R$ 4,7474.

Durante a manhã, o principal índice da B3 oscilou chegando a ter perdas, às 11h33, caía 0,05%, mas sem deixar os 120 mil pontos.

Entre as maiores altas da bolsa, o Banco Inter, subindo 2,98%, seguido da CVC, valorizando 2,89% e BB Seguridade, em alta de 2,53%.

O mercado de commodities opera misto nesta quinta, sob influência do noticiário geopolítico. O Índice de Commodity da Bloomberg recua 0,04% aos US$ 126,41.

O petróleo Brent opera em queda de 4,24% aos US$ 108,64, enquanto o barril de petróleo WTI cai 3,61% aos US$ 103,92.

Na China, o minério de ferro opera em queda de 0,61%, aos US$ 140,39. Entre os metais, o cobre tem valorização de 0,26% e o ouro, de 0,37%.

Entre as commodities agrícolas, o milho tem valorização de 0,61% na Bolsa de Chicago. O trigo avança 2,63% e a soja, 0,84%.

Como foi a abertura de mercado?

O Ibovespa abriu o pregão desta quinta-feira (31) com leve alta de 0,25%, aos 120.561 pontos, acompanhando a queda do petróleo após o anúncio que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve liberar barris da reserva do país e a Opep+ divulgar aumento na produção. Às 10h30, o dólar caía 0,76%, a R$ 4,750.

Entre as maiores altas da bolsa, as ações ordinárias da Ecorodovias, subindo 2,80%, seguido da Positivo, valorizando 2,61% e da Weg, em alta de 2,45.

Do outro lado, ações de petroleiras e de companhias de commodities pesam sobre Ibovespa – a PETR3 e a PETR4 recuam, respectivamente, 1,20% e 0,91%, com queda do petróleo e possível interferência em política de preços.

Já os índices norte-americanos abriram em queda. Dow Jones recua 0,28%, enquanto a S&P 500 cai 0,16% e a Nasdaq tem baixa de 0,28%.

Os preços do petróleo recuam fortemente. O WTI, cai 6,08%, aos US$ 101,31, enquanto o Brent, desvaloriza 5,48%, a US$ 107,23. 

No radar internacional, os investidores permanecem monitorando a guerra entre a Rússia e Ucrânia. 

A atenção vai também para a inflação nos EUA, com a divulgação do índice de preços de gastos com consumo, o PCE, de fevereiro.

Por aqui, saiu a taxa de desemprego de fevereiro medida pela pesquisa mensal PNAD Contínua, que caiu para 11,2% no trimestre até fevereiro, a previsão do consenso Refinitiv era de 11,4%. 

Além disso, o mercado repercute a possibilidade de reajuste de 5% a ser concedido pelo governo federal aos servidores públicos.

Pré-mercado 

O Ibovespa futuro começou o pregão desta quinta-feira (31) operando estável. O contrato com vencimento em junho, às 9h25 caía apenas 0,03%, aos 120.870 pontos, em dia marcado por oscilações também nas bolsas internacionais.

Os futuros americanos, chegaram a operar no positivo e seguem estáveis. O contrato do Dow Jones para junho cai 0,03%, o do S&P 500, 0,02% e o da Nasdaq opera em leve alta, de 0,29%.

As bolsas da Europa também seguem perto da estabilidade. Já os mercados asiáticos recuaram em sua maioria.

Enquanto isso, sobre as commodities, as cotações do petróleo recuam forte, com o barril WTI para maio recuando 5,5%, a US$ 101,86, e o Brent para junho caindo 5,34%, a US$ 107,39.