Dólar tem alta forte

Ibovespa fecha valorizado com setor de commodities; dólar sobe

O Ibovespa fechou a sessão desta segunda-feira (1º) com alta de 0,65%, aos 124.718,07 pontos; o dólar teve forte alta de 1,15%, a R$ 5,65.

Ibovespa
Ibovespa (Foto: Pixabay)

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (1º) com alta de 0,65%, aos 124.718,07 pontos. O dólar comercial teve forte alta de 1,15%, a R$ 5,65.

O primeiro pregão de Julho veio com uma agenda mais esvaziada, com isso, o Ibovespa manteve apoio em sua base já conhecida: as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) e Vale (VALE3). Analistas tecem quadro de influências que devem seguir tocando o índice, que vem de um semestre com a 3º maior desvalorização do mundo.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, foi na direção contrária e contrariu levemente em 0,4%, aos US$ 105,82.

O dia teve divulgação do Relatório Focus, do BC (Banco Central), com aumento nas expectativas do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que saiu de 3,98% para 4,0% em 2024 e previsão de 3,87% para 2025.

“A perspectiva de piora de inflação colabora para a queda generalizada hoje no setor de varejo. Afinal, para controlar a inflação o BC precisa manter as taxas de juros altas, o que penaliza bastante as varejistas”, avaliou Fabio Louzada, economista, planejador financeiro e fundador da Eu me banco.

“Olhando para o futuro, os posicionamentos das autoridades brasileiras parecem confrontar com a dinâmica que seria esperada para um país como o Brasil. Frequentemente assistimos posicionamentos que trazem mais incerteza a já frágil economia brasileira”, disse Fabricio Voigt, economista e analista sênior da Aware Investments.

“Olhando apenas do ponto de vista de indicadores, sem dúvida o nível de endividamento no caso brasileiro é o mais preocupante. Quando olhamos o âmbito global, a geopolítica não está a mais adequada para o Brasil”, continuou.

As empresas do setor elétrico estiveram entre as altas do Ibovespa, após anuncio da Aneel sobre a bandeira amarela neste mês de julho. A medida tornará as contas mais caras com acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kW/h consumidos, explicou Louzada.

A SLC Agrícola (SLCE3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 7,22%. Logo atrás, CSN Mineração (CMIN3) e Equatorial Energia (EQTL3) registraram altas de 5,01% e 4,37%, res pectivamente.

Já na ponta negativa, o Assaí (ASAI3) liderou as perdas, caindo 3,29%. Em seguida, vieram GPA (PCAR3) e Vibra (VBRR3), com perdas de 2,96% e 2,70%.

Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) puxam altas

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 1,21% e 1,52%, respectivamente. Prio (PRIO3) valorizou 3,06%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 1,48%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 0,33%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 0,51%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com baixa de 0,48% e 1,31%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) também seguiram em movimentos de desvalorização 0,97% e 0,51%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 0,75%. Igual a Magalu, as ações das Lojas Americanas (AMER3) avançaram 2,56%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 4,77%.

Índices do exterior fecharam em alta

Os principais índices europeus tiveram desempenhos bons nesta segunda-feira (1º). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 0,33%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 1,09%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,44%.

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,27% e 0,83%, respectivamente. Já o Dow Jones avançou 0,12%.