O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (11) com leve alta de 0,03%, aos 127.873,70 pontos. O dólar comercial subiu 0,56%, a R$ 5,77.
O compasso do Ibovespa foi marcado pelo sentimento de cautela que domina o mercado em meio ao efeito Trump que elevado o dólar, a ausência do pacote fiscal do governo e no aguardo dos dados econômicos nos EUA e Brasil. O setor de commodities também puxou o índice para baixo.
O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, fechou com alta de 0,50%, a US$ 105,52.
O efeito da vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA segue fazendo preço no mercado, mais precisamente no câmbio, que levou o dólar a forte valorização por todo o mundo, segundo Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos.
Além disso, a questão do pacote de corte de gastos segue pressionando o Ibovespa. O mercado esperava ansiosamente que o tema fosse definido e anunciado pelo governo Lula na semana passada, como indicou o ministro Fernando Haddad. No entanto, isso não ocorreu até então.
Pensando no futuro, Cohen afirmou que o mercado ficará bastante atento à parte econômica e deve observar o número do CPI (índice de preços ao consumidor) dos EUA, que será divulgado na quarta-feira (13) e deve mexer com as próximas decisões do Fed.
No Brasil, a atenção estará sobre a ata do Copom, com vistas de divulgação também na quarta-feira, e a prévia do PIB (IBC-Br) que sai na quinta (14).
O Boletim Focus do BC (Banco Central), disponibilizado toda segunda-feira, informou que o consenso de especialistas está pessimista com a economia.
Estima-se que a inflação chegue a 4,56% em 2025, o dólar deve valorizar na faixa dos R$ 5,48, ao passo que a Selic deve ficar em 11,75% no final deste ano e 11,50% em 2025.
“Com a queda do minério de ferro, motivada pela decepção com o pacote de estímulo fiscal anunciado para a economia chinesa, empresas do setor enfrentam quedas como a Vale, Usiminas, Gerdau, CSN Mineração e CSN”, enfatizou Cohen.
“Além disso, a alta dos juros futuros também impacta negativamente ações de empresas ligadas a consumo e varejo como Natura, Lojas Renner e Magazine Luiza”, disse.
O petróleo Brent – referência global – fechou a sessão com baixa de 2,76%, a US$ 71,83 e o petróleo WTI – referência dos EUA – caiu 3,32%, a US$ 68,04.
A Cogna (COGN3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 9,56%. Logo atrás, Yduqs (YDUQ3) e PetroReconcavo (RECV3) registraram altas de 5,87% e 4,71%, respectivamente.
Já na ponta negativa, CSN (CSNA3) liderou as perdas, caindo 3,91%. Em seguida, vieram Vale (VALE3) e Totvs (TOTS3), com perdas de 3,27% e 2,79%.
Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) fecham opostos
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 0,15% e 0,19%, respectivamente. Prio (PRIO3) valorizou 0,87%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 3,27%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 0,05%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 2,56%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com altas de 0,11% e 0,12%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com desvalorizações de 0,37% e 1,16%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 2,08%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) avançaram 10,86%. Casas Bahia (BHIA3) valorizou 0,74%.
Índices do exterior fecharam em alta
Os principais índices europeus tiveram desempenhos positivos nesta segunda-feira (11). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 1,28%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 1,20%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 1,12%.
Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq subiram 0,10% e 0,06%, respectivamente. Já o Dow Jones avançou 0,69%.