Ibovespa futuro abre dia com volatilidade puxado por recessão na China

Dados econômicos em queda no país e balanços corporativos dos EUA são destaques

O Ibovespa futuro opera em volatilidade nesta segunda-feira (16). Por volta das 9h25 (de Brasília), o índice avançava 0,16% a 107.948 mil pontos, mas também registrava perdas progressivas.

Os dados econômicos divulgados na China no último domingo (15) resultaram em preocupação para os acionistas de todo o mundo, que incluíram as projeções do Ibovespa Futuro.

Os registros publicados pelo governo chinês tiveram impacto confirmado por consequência do surto de Covid-19, que forçou o país a incrementar diversas medidas restritivas, que incluíram lockdown, e fechamento de comércios e indústrias.

Com isso, a produção industrial chinesa do mês de abril teve queda de 2,9% na comparação anual, inesperada entre os acionistas da região.

Além disso, as vendas no varejo também tiveram baixa de 11,1%, que se intensificaram após a adoção da “política zero” na cidade de Pequim.

O recuo dos contratos futuros do petróleo também provocou pessimismo no mercado brasileiro, após os ganhos adquiridos no pregão da última sexta-feira (13).

Seguindo o mercado de petróleo, outro agravante para a bolsa brasileira também tem sido a Petrobras (PETR4). Os desdobramentos da estatal ainda seguem no radar dos acionistas, principalmente após as novas declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL). 

O presidente da república afirmou no último domingo (15) que o novo ministro de Minas e Energia possui “carta branca” para comandar os rumos da petroleira.

A resposta de Bolsonaro foi após ser questionado sobre uma possível troca no comando da estatal. “Pergunta para o Adolfo Sachsida”, disse o presidente.

Enquanto isso, nos EUA, as bolsas aguardam as novas divulgações econômicas da região.

O índice de atividade industrial Empire State referente ao mês de abril será divulgado ainda nesta segunda (16), o que dará respostas sobre como o aumento da taxa de juros está influenciando o fluxo de compras no país.

Já na Europa, a UE (União Europeia) reduziu sua projeção para o PIB da zona do euro deste ano, de alta de 4% para 2,7%.

Além disso, a balança comercial da zona do euro ficou deficitária em 17,6 bilhões de euros no mês de março.

Na Ásia, apesar dos dados divulgados pelos serviços na China, e dos novos sinais de forte desaceleração, o PBoC (banco central chinês) optou por deixar algumas de suas principais taxas de juros inalteradas. 

Voltando ao cenário corporativo, os resultados corporativos divulgados no País também influenciaram as projeções do Ibovespa Futuro. Nomes como Cosan (CSAN3), Raízen (RAIZ4), e M. Dias Branco (MDIA3) também repercutem entre os investidores.

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