Ibovespa futuro acompanha avanço do petróleo e abre em alta

Índices inflacionários e industriais também estão no radar dos acionistas

O Ibovespa futuro opera em alta nesta quarta-feira (01). Por volta das 9h20 (de Brasília), o índice avançava 0,11% a 111.942 mil pontos, acompanhando a alta do petróleo e os desdobramentos de novos dados inflacionários no Brasil e no mundo.

Os papéis do petróleo apresentaram alta na manhã desta quarta (1), após bruscas quedas no último pregão devido à possibilidade de desligamento da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) na Rússia, o que influenciou as projeções do Ibovespa futuro em dia modesto no exterior.

Com isso, as atenções do mercado permanecem voltadas para os anúncios inflacionários ao redor do mundo.

Nos EUA, o PMI (Índice de gerentes de compras) industrial do setor de manufatura, e o relatório sobre empregos da região serão anunciados ainda nesta quarta (1).

Além disso, os membros do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano) participarão de eventos públicos para dar novos nortes para o aperto monetário do país.

Já no Brasil, os dados industriais também chamam atenção dos investidores. O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) do mês de maio, que é um indicador inflacionário, voltou a desacelerar. O próximo índice divulgado no país será o PMI de maio.

Na Europa, as bolsas operam em queda, ainda com o embargo das importações de petróleo russo pela UE (União Europeia).

Na zona do euro, a taxa de desemprego de abril ficou estável em 6,8%, em relação ao nível de maio. 

Enquanto isso, o PMI da região teve a menor queda dos últimos 18 meses, no mesmo segmento das vendas no varejo na Alemanha, que registrou forte queda de 5,4% entre março e abril. 

Logo, os investidores aguardam os novos discursos dos representantes do BCE (Banco Central Europeu) sobre o aperto monetário no continente.

A previsão dos economistas do Deutsche Bank, de acordo com informações do “Estadão”, é de que o aumento da instituição seja de 50 pontos-base.

Já na Ásia, as bolsas da região sentiram as performances de Wall Street e do mercado europeu.

Com isso, foram os resultados industriais que ajudaram o desempenho da região. O PMI industrial da China registrou alta, enquanto o índice japonês teve leve recuo no índice.

Além disso, as bolsas também sentiram positivamente a reabertura dos comércios em Xangai e Pequim, principalmente com a última declaração de Zong Ming, vice-prefeito de Xangai, que afirmou que “a epidemia foi efetivamente controlada”.

No mercado corporativo brasileiro, os acionistas analisam as negociações que marcaram esta quarta (1). A Eneva (ENEV3) anunciou a compra da Celse (Centrais Elétricas de Sergipe) por R$ 6,1 bilhões, e adquiriu 100% das participações acionárias da usina do Porto de Sergipe.

Além disso, as projeções do Ibovespa futuro aguardam as novidades da Petrobras. A petroleira receberá uma ação judicial da prefeitura de Fortaleza por conta da venda da refinaria Lubnor para a Grepar Participações, de acordo com comunicado do prefeito da cidade, José Sarto.

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