Ibovespa futuro acompanha baixas na Europa e abre em queda

Dados de serviço alemães e preço dos combustíveis no Brasil chamam atenção

O Ibovespa futuro opera em queda nesta terça-feira (7). Por volta das 9h20 (de Brasília), o índice recuava 0,21% a 110.432 mil pontos, influenciado por dados positivos negativos da indústria na Alemanha.

Os resultados dos índices industriais alemães não foram os melhores no início do pregão desta terça (7), o que não preocupou somente os acionistas da região, mas também mexeu com as projeções do Ibovespa futuro.

De acordo com o divulgado pela Destatis, agência de estatística alemã, as encomendas à indústria tiveram queda de 2,7% entre os meses de março e abril deste ano, resultado muito contrário ao esperado pelos acionistas, que previam a alta de 0,5%.

Com o índice muito abaixo do esperado, os mercados operam de forma pessimista lá fora, aguardando as novas decisões inflacionárias do BCE (Banco Central Europeu).

Já nos EUA, a movimentação em baixa dos juros futuros acompanha a expectativa do mercado para a divulgação da balança comercial do país no mês de abril.

Além disso, o testemunho de Janet Yellen, secretária do Tesouro norte-americano, também está no radar dos acionistas, visto que o evento revelará detalhes sobre o orçamento fiscal do país para 2023.

Enquanto isso, no ambiente doméstico, os investidores analisam as novas medidas propostas pelo governo federal acerca do preço dos combustíveis no País.

Foi proposto na última segunda-feira (6), no Congresso, o corte de impostos federais (como PIS e Cofins) sobre o preço da gasolina, em troca da aprovação do PL (Projeto de Lei) que coloca o teto de 17% sobre o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) dos combustíveis.

Além disso, é esperada também a divulgação dos dados de produção e vendas de veículos no mês de maio, divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Na Ásia, os mercados ainda digerem os desdobramentos positivos na China, que segue sua recuperação econômica após resultados positivos na indústria do país.

Contudo, as preocupações da região se dão por conta da alta da inflação australiana. O RBA (Banco de Reserva da Austrália) decretou que a taxa básica de juros do país aumentará para 0,85%, resultado 0,5% acima do apresentado no mês de maio.

Na mesma direção, o mercado europeu também sentiu a queda dos juros de bônus públicos da região, consequência da maior procura por investimentos na renda fixa.

De volta ao cenário brasileiro, o mercado corporativo também dita o ritmo. A Eletrobras (ELET6) confirmou que a usina de Furnas recebeu o aval para condução de um investimento de R$ 1,58 bilhão na Mesa (Madeira Energia).

A aprovação divulgada através de fato relevante na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) evita a suspensão do processo de privatização da companhia.

Já o Grupo Carrefour (CRFB3), por sua vez,  informou que concluiu a aquisição do grupo BIG Brasil nesta terça (7).

O grupo também assinou um novo acordo com os acionistas, e definiu a nova composição do Conselho de Administração, que será julgado na AGE (Assembleia Geral Extraordinária da companhia para possível aprovação. 

Com isso, o Ibovespa futuro acompanha os demais desdobramentos corporativos no País ao longo do dia.