Ibovespa futuro ensaia leve alta em semana de indicadores inflacionários

Ata do FED e IPCA-15 no Brasil são destaques

O Ibovespa futuro opera em alta nesta segunda-feira (23). Por volta das 9h15 (de Brasília), o índice avançava 0,90% a 110.324 mil pontos, em meio à recuperação dos mercados internacionais.

A divulgação da ata do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano) está no radar de todas as bolsas internacionais, e influencia também as projeções do Ibovespa Futuro.

A reunião liderada por Jerome Powell, presidente da instituição, contará também com os anúncios do PIB (Produto Interno Bruto) e de índices inflacionários no país, o que poderá revelar novos rumos para possíveis alterações da taxa básica de juros.

Apesar da expectativa, os índices futuros norte-americanos são otimistas, visto que as bolsas de Nova York já ensaiam recuperação, após quedas de quase 4% na última semana.

No Brasil, os acionistas aguardam a divulgação do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), que pode também resultar na oscilação da taxa dos juros no País.

Além disso, a alta do petróleo e de ações ligadas a commodities brasileiras esboçam uma recuperação nas projeções futuras da B3.

Enquanto isso, o Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, também atrai atenção dos mercados de todo o mundo.

Representando o Brasil, o ministro da economia, Paulo Guedes, estará presente no evento, além de representantes de diversos países do globo.

Parceiros

Nesse sentido, o presidente dos EUA, Joe Biden, já antecipou algumas pautas da reunião em visita ao Japão. Nesta segunda (23), no país, o presidente anunciou uma nova iniciativa de cooperação comercial com 12 países do Indo-Pacífico. Biden antecipou que caso Taiwan virasse alvo de agressão da China, Washington fará intervenções militares.

Em contrapartida, as bolsas da Ásia fecharam em levemente em alta, mesmo com os temores da perspectiva de enfraquecimento da economia global.

Apesar disso, com o avanço do petróleo, a expectativa é que o consumo aumente na China, além do relaxamento das medidas restritivas em Xangai.

Já na Europa, o sentimento também é influenciado pelos temores globais, entretanto, as bolsas resistem e ensaiam recuperação.

A Alemanha, maior economia da região, divulgou o índice Ifo (responsável por revelar o sentimento das empresas em relação à economia do país), que apresentou alta de 93 pontos no mês de maio.

O resultado alcançado apesar das preocupações com a inflação elevada, gargalos de oferta e a guerra na Ucrânia, impulsionou o euro frente ao dólar.

De volta ao mercado doméstico, a B3 informou que no ano de 2021, o fluxo estrangeiro na bolsa ficou em R$ 7,2 bilhões negativos, ao invés dos R$ 70,8 bilhões positivos informados anteriormente.

Além disso, notícias corporativas também mexem com as projeções do Ibovespa Futuro. A aquisição do Sistema Rodoviário Rio de Janeiro pela Ecorodovias (ECOR3), e a iniciativa do Bradesco BBI de levar 21 empresas para possíveis listagens em Nova York também chamam atenção dos acionistas.