Ibovespa futuro vai na contramão dos mercados mundiais e abre em alta

Queda nas bolsas de Nova York é o principal destaque do dia

O Ibovespa futuro opera em alta nesta quinta-feira (19). Por volta das 9h09 (de Brasília), o índice avançava 0,26% a 107.176 mil pontos, fugindo dos tombos das bolsas norte-americanas. 

Os rumores negativos do mercado têm se intensificado cada dia mais, principalmente após as falas de Jerome Powell, presidente do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano), mas as projeções foram outras para o Ibovespa Futuro.

Com a aversão ao risco global em crescente, as bolsas de Wall Street não resistiram, e registraram tombos no último fechamento.

Os resultados negativos refletem o teor pessimista provocado pelas declarações do FED, mas também são consequência dos índices de produção divulgados nos EUA.

O anúncio de resultados corporativos no país no primeiro trimestre deste ano, de empresas como Walmart (WALM34) e Target (TGTB34), evidenciaram os impactos da alta inflação norte-americana, visto que os lucros registrados foram abaixo do esperado dos especialistas.

Agora, a expectativa dos acionistas está voltada para novos anúncios, em que os balanços financeiros de nomes como Khol’s (K1SS34) e BJ’S Wholesale (BJ) podem trazer um pouco de otimismo.

No cenário brasiliero, as atenções estão voltadas aos desdobramentos do setor corporativo do País. A aprovação pelo TCU (Tribunal de Contas da União) do processo de privatização da Eletrobras (ELET6) é um desses fatores.

As ADRs (American Depositary Receipt, em inglês) da empresa tiveram alta de cerca de 3% no after market após a notícia sobre a aprovação, e a expectativa é que a venda seja realizada até o final de agosto.

Além disso, acionistas do Carrefour Brasil (CRFB3) se reunirão para confirmar a proposta de compra do Grupo Big, em AGE (Assembleia Geral dos Acionistas) nesta quinta (19).

Já na Europa, o tombo das bolsas de Wall Street também repercutiram nos mercados da região.

As atenções estão voltadas para a ata do BCE (Banco Central Europeu) que será realizada nesta quinta (19), e definirá os novos rumos sobre a taxa de juros no continente.

Enquanto isso, o mercado asiático ainda ensaia sua recuperação em meio a flexibilização do lockdown em Xangai, mas, ao mesmo tempo, aguarda as consequências que a pandemia de Covid-19 terá em outros locais da região.

Após o gradativo relaxamento nas medidas restritivas de Xangai, a cidade de Tianjin, também na China, incrementou um novo lockdown por conta da multiplicação de casos.

Além disso, as ações de tecnologia na região sentiram fortemente as quedas em Nova York, o que resultou em um majoritário fechamento em queda das bolsas da Ásia.

Por fim, as projeções do Ibovespa Futuro ainda aguardam novos resultados corporativos no Brasil, como os balanços financeiros da Camil (CAML3). Além disso, os acionistas também repercutem a distribuição dos dividendos da Vibra (VBBR3), que anunciou o montante de R$ 131,8 milhões, com divisão de R$ 0,117107099 por ação.