Ibovespa ignora dados do IPCA-15 e fecha em queda; dólar sobe

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta sexta-feira (27) com queda 0,67%, aos 120.269,31 pontos. O dólar comercial subiu 0,26%, a R$ 6,19, na semana a moeda avançou 2%.

No penúltimo pregão do ano, o Ibovespa teve um dia agitado, com os investidores repercutindo o IPCA-15, que mesmo com desaceleração não ajudou o índice, e os números do emprego no Brasil.

Enquanto isso, no quesito dólar, o temor dos agentes financeiros foi com a suspensão das emendas parlamentares pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O mercado entende que sem liberação do pagamento pode ser mais difícil para o governo ter a aprovação de novas medidas fiscais no Congresso Federal. 

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq recuaram 1,08% e 1,52%, respectivamente. Já o Dow Jones caiu 0,75%.

Na linha da economia nacional, considerado a prévia da inflação oficial do País, o IPCA-15 mostrou uma alta de 0,34% em dezembro, menor que a variação positiva de 0,62% em novembro. Com isso, o índice finalizou 2024 com alta acumulada de 4,71%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O dado total está acima da meta de inflação de 3% do BC (Banco Central), mas foi levemente menor do que aquela registrada em 2023, com variação positiva de 4,72%, subindo 40% em dezembro.

Ainda nos ramos da economia nacional, o Caged mostrou que o Brasil criou 106.625 empregos formais em novembro, segundo dados do Ministério do Trabalho. Esse resultado decorreu de 1.978.371 admissões e 1.871.746 desligamentos no período.

Embora positivo, o saldo de novembro representa uma desaceleração em relação aos meses anteriores, indicando um ritmo de desaceleração na criação de empregos. 

Além disso, outro dado do mercado de trabalho chamou atenção nesta sessão do Ibovespa, a PNAD Contínua. No trimestre móvel encerrado em novembro deste ano, a taxa de desocupação recuou para 6,1%, a menor da série histórica iniciada no primeiro trimestre de 2012.