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Ibovespa ignora PIB positivo e fecha em queda; dólar sobe

O Ibovespa fechou a sessão desta terça-feira (3) com queda de 0,41%, aos 134.353,48 pontos; o dólar subiu, a R$ 5,64.

Foto: CanvaPro / Ibovespa
Foto: CanvaPro / Ibovespa

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta terça-feira (3) com queda de 0,41%, aos 134.353,48 pontos. O dólar comercial subiu 0,48%, a R$ 5,64.

A economia brasileira teve razões para se animar, visto que o PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre subiu muito acima do esperado. Porém, ainda assim, o Ibovespa seguiu em queda, devido, sobretudo, ao setor de commodities, que vive um momento de crise.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, também angariou ganhos em 0,13%, a US$ 101,79.

O minério de ferro, principal insumo negociado pela Vale (VALE3) e outras mineradoras brasileiras, caíram drasticamente, mais uma vez, depois de dados desanimadores sobre a demanda chinesa, isto porque o setor mobiliário e a atividade industrial do país estão em crise.

Com isso, as ações ordinárias VALE3 tiveram queda superior a 3%, enquanto a Petróbras (PETR3;PETR4) também teve perdas maiores que 1% após a queda superior a 4% nos preços internacionais do petróleo.

“Com a alta do minério, temos ações do setor caindo hoje como VALE3, CSNA3 e GGBR4. Além de commodities, se destacam também entre as quedas ações do setor de petróleo como RRRP3 e PRIO3”, comentou Fabio Louzada, economista e fundador da Eu me banco.

Já o resultado do PIB do 2TRI24 mostrou alta de 1,4% na comparação com o trimestre anterior, com os impulsos principais sendo os setores de serviços e indústria, ao passo que o agronegócio teve baixa no período.

“Apesar de serem dados positivos, não foram suficientes para manter o Ibovespa no positivo devido ao pessimismo internacional”, afirmou Louzada.

“Os dados positivos do PIB acendem, por outro lado, uma preocupação em relação ao aquecimento da economia podendo gerar inflação. Com isso, aumentam as chances de uma alta na Selic na próxima reunião do Copom”, indicou.

Já na linha positiva do Ibovespa, a Braskem (BRKM5) ancorou ganhos após o Bradesco BBI recomendar a compra da ação, enquanto a Yduqs (YDUQ3) também subiu por conta da aprovação de um programa de recompra de ações ordinárias no valor de R$ 300 milhões.

Parceiros

A Azul (AZUL4) subiu mais de 11% em um movimento de recuperação depois da notícia sobre conversas da empresas om detentores de dívidas externas para captar recursos através de sua subsidiária.

A Azul (AZUL4) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 10,20%. Logo atrás, IRB (IRBR3) e Carrefour (CRFB3) registraram altas de 5,35% e 3,59%, respectivamente.

Já na ponta negativa, 3R Petroleum (RRRP3) liderou as perdas, caindo 5,28%. Em seguida, vieram Prio (PRIO3) e GPA (PCAR3), com perdas de 5,16% e 4,21%.

Altas e Baixas do Ibovespa: bancos tradicionais firmam ganhos

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 1,05% e 1,21%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 5,16%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 3,73%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 3,38%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 3,25%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com alta de 1,62% e 0,91%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização 1,07% e 0,16%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 2,42%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 7,31%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 11,00%.

Índices do exterior fecharam em baixa

Os principais índices europeus tiveram desempenhos negativos nesta terça-feira (3). O índice DAX, de Frankfurt, desvalorizou 0,90%, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 0,93%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,99%. 

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq recuaram 2,11% e 3,26%, respectivamente. Já o Dow Jones caiu 1,51%.