O Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o primeiro pregão de dezembro no vermelho, enquanto mercado aguarda as falas de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do Banco Central e sucessor de Roberto Campos Neto na presidência da autarquia monetária.
Galípolo será um dos palestrantes no Fórum Político da XP Investimentos, que ocorrerá em São Paulo. O evento será transmitido ao vivo. Além disso, ele participará da 5ª Edição do Prêmio RGB, em Brasília, também com transmissão aberta à imprensa.
Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o marcador apresentava um recuo de 0,37%, aos 125.201 pontos.
Já o dólar comercial seguia o sentido contrário do índice, apresentando um avanço de 0,73%, cotado a R$ 6,00.
Nesta manhã, analistas do mercado financeiro ajustaram suas previsões para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), elevando a estimativa de 4,63% para 4,71% neste ano. Com esse ajuste, a projeção continua acima do limite superior da meta de inflação de 4,50% para 2024.
Essas expectativas foram coletadas em uma pesquisa realizada com mais de 100 instituições financeiras na última semana e estão detalhadas no relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (2) pelo Banco Central.
Ibovespa apresenta ‘situação é mais grave do que simples oscilação’
Em relação à possibilidade de maior volatilidade nos mercados, Bruno Corano, economista da Corano Capital, ao BP Money, acredita que a situação será mais grave do que uma simples oscilação de preços.
“Eu não chamaria nem de volatilidade, é queda mesmo. O que estamos vendo é uma desvalorização dos ativos. Quando o mercado sente que as contas públicas não estão em ordem, a fuga de capital é uma consequência natural”, afirma.
Por outro lado, Higor de Lucas Vieira, especialista em investimentos da WIT Invest, traz uma perspectiva mais focada nas potencialidades do pacote fiscal. Vieira vê no plano uma oportunidade para reduzir a desigualdade social, com foco no aumento do consumo interno.
EUA
O dólar avançava frente ao euro e ao iene, impulsionado pela fraqueza dessas moedas, enquanto os investidores avaliavam as tensões políticas na França e a recuperação dos rendimentos dos Treasuries nos EUA.
A moeda americana ganhou força adicional após Donald Trump criticar os BRICS — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — por considerar a criação de uma moeda alternativa ao dólar, reafirmando sua política “America First”.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: -0,21%
S&P 500 Futuro: -0,20%
Nasdaq Futuro: -0,18%
Bolsas asiáticas
Na Ásia-Pacífico, os mercados encerraram em alta, apoiados por sinais de estabilização econômica na China.
O setor manufatureiro chinês apresentou crescimento pelo segundo mês consecutivo em novembro, segundo uma pesquisa privada divulgada nesta segunda-feira.
Shanghai SE (China), +1,13%
Nikkei (Japão): +0,80%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,65%
Kospi (Coreia do Sul): -0,06%
ASX 200 (Austrália): +0,14%
Bolsas europeias
Na Europa, as bolsas operavam em baixa, refletindo preocupações com o índice PMI da indústria europeia e o PIB italiano. A fabricante de automóveis Stellantis viu suas ações despencarem até 8,9% após a inesperada renúncia de seu CEO, Carlos Tavares. No acumulado do ano, a empresa registra perdas de 46%.
Enquanto isso, o euro enfraquecia em meio a ameaças do partido de extrema direita francês de derrubar o governo devido a um impasse orçamentário.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,03%
DAX (Alemanha): -0,10%
CAC 40 (França): -0,70%
FTSE MIB (Itália): -0,50%
STOXX 600: -0,18%