Para o setor de frigoríficos o mês de maio teve resultado excepcional. A JBS (JBSS3) liderou os ganhos do Ibovespa, principal índice acionário do Brasil, valorizando 23,29%.
Logo depois veio a Marfrig (MRFG3), com avanço de 19,37% no período, enquanto o terceiro lugar foi ocupado pela Vamos (VAMO3), subindo 13,50%, e a BRF (BRFS3) alcançou o 4º lugar, valorizando 11,49%.
De modo geral, o Ibovespa caiu 3,04% em maio, um resultado sem grandes surpresas, visto que o índice tem enfrentado baixas recorrentes. Isto por uma série de fatores que quebraram as expectativas do mercado para um bom desempenho da Bolsa brasileira este ano, até agora.
Entre eles, o fato do BC (Banco Central) ter mudado a postura quanto ao corte de juros, lançando a percepção de que haverá menos cortes que o previsto na Selic (taxa básica de juros).
Além disso, as empresas cujas atividades estão mais ligadas ao Rio Grande do Sul já conseguem sentir o início dos prejuízos após as enchentes que destruíram diversas cidades.
A divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2024 da JBS foi a principal razão para o acúmulo de ganhos em maio, de acordo com o “Valor”.
“O resultado veio 1,2% acima das nossas projeções em termos de Receita líquida e uma margem EBITDA consideravelmente acima de nossas expectativas (+1,5 ponto percentual), que já estavam 0,4p.p. acima do que o mercado projetava. Atribuímos a melhora de margem nos segmentos da Seara e USA Pork como os dois maiores percursores para um resultado acima do consenso”, disse Igor Guedes, analista de frigorífico da Genial Investimentos.
Confira lista de 5 maiores altas e baixas do Ibovespa em maio
Altas
1º JBS (JBSS3): 23,29%
2º Marfrig (MRFG3): 19,37%
3º Vamos (VAMO3): 13,50%
4º BRF (BRFS3): 11,49%
5º Engie (EGIE3): 9,51%
Baixas
1º IRB (IRBR3): -25,64
2º Petz (PETZ3): -19,11
3º Yduqs (YDUQ3): -17,07
4º Suzano (SUZB3): -16,51
5º 3R Petroleum (RRRP3): -15,02
Ibovespa: IRB (IRBR3) sofre consequências de tragédia ambiental no Rio Grande do Sul
Como citado, algumas companhias já veem o despontar dos danos acarretados com as enchentes no Estado em questão, a IRB (IRBR3) foi a principal delas.
O presidente da empresa estimou, durante teleconferência de resultados trimestrais, uma perda de capital segurado na casa dos R$ 80 milhões a R$ 160 milhões.
“Como as enchentes ainda não terminaram, não é possível afirmar ao certo os danos causados, porém, dentre as empresas do mercado segurador listadas na bolsa, o IRB provavelmente será a empresa mais afetada”, comentou Milton Rabelo, analista da VG Research.
Com o lucro de R$ 79 milhões reportado no primeiro trimestre deste ano, Rabelo acredita que os impactos da tragédia podem pesar sobre a IRB.