Acompanhamento da Bolsa

Ibovespa limita perdas com apoio da Vale; dólar recua

Os investidores seguem atentos ao cenário fiscal, aguardando os desdobramentos das negociações sobre o novo pacote de medidas

Ibovespa limita perdas com apoio da Vale; dólar recua

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores nacional, a B3, retomava fôlego na manhã desta quarta-feira (5) e chegou a operar acima da marca dos 138 mil pontos, sustentado principalmente pela valorização das ações da Vale.

No lado oposto, Magazine Luiza figurava entre as maiores quedas do índice, refletindo movimento de correção após uma sequência de sessões positivas.

Por volta das 13h10 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira registrava recua de 0,09%, aos 137.426 pontos.

O dólar comercial seguia o mesmo sentido do Ibovespa, ao passo que recuava 0,07%, cotado a R$ 5,63.

Segundo análise da equipe da XP (XPBR31), os investidores seguem atentos ao cenário fiscal, aguardando os desdobramentos das negociações sobre o novo pacote de medidas que deve ser apresentado na próxima semana.

A expectativa é que o governo proponha alternativas que evitem a necessidade de aumento do IOF.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou na terça-feira (4) que o decreto que elevou o imposto poderá ser revisto, caso avancem as discussões em torno de propostas estruturais. Segundo ele, as medidas em avaliação ainda não serão anunciadas: “não serão anunciadas antes de reunião com lideranças partidárias do Congresso prevista para o domingo”.

Ibovespa reflete cenário político local e tensão comercial global

O Ibovespa acompanha de perto o ambiente político interno, após nova pesquisa Genial Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4), apontar deterioração contínua na avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar do desgaste político, a percepção da população sobre a economia apresentou leve melhora.

No exterior, os EUA confirmaram a decisão previamente anunciada por Donald Trump e dobraram as tarifas de importação sobre aço e alumínio para 50%, com exceção do Reino Unido.

A medida reforça a postura protecionista da atual administração e eleva o nível de incerteza no comércio global, fator que também entra no radar dos mercados.

Bolsas de NY abre perto da estabilidade

As bolsas de valores de Nova York mostravam pouca variação nesta quarta-feira (5), com os principais índices se mantendo próximos da estabilidade ao longo da manhã.

O humor dos investidores era influenciado por novos dados do mercado de trabalho norte-americano. O relatório da ADP revelou que o setor privado criou apenas 37 mil postos de trabalho em maio — resultado que ficou bem abaixo das previsões do mercado e representa o desempenho mais fraco desde março de 2023.

O número aumentou as apostas de que o Federal Reserve poderá reduzir os juros ainda neste ano. Segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group, uma parcela significativa dos investidores já projeta pelo menos dois cortes nas taxas em 2025.

Outro dado relevante foi o índice de gerentes de compras (PMI) de serviços, calculado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM). O indicador caiu de 51,6 em abril para 49,9 em maio, sinalizando contração no setor — já que leituras abaixo de 50 indicam retração da atividade.

Além dos dados econômicos, os mercados monitoravam o cenário geopolítico. O governo dos EUA, liderado por Donald Trump, oficializou o aumento das tarifas sobre as importações de aço e alumínio, que agora passam a ser taxadas em 50%.

O Reino Unido foi excluído da nova medida, que reforça a postura protecionista da atual administração.

Cotação dos índices dos EUA:

Dow Jones: -0,01%

S&P 500: +0,03%

Nasdaq: +0,07%