Ibovespa mantém queda e chega a 117 mil pontos

Dólar avança 1,07%, a R$ 4,7012

Às 12h10, o Ibovespa aprofundava a queda do início desta manhã de quarta-feira (6), recuando 0,86%, aos 117.859 pontos. A contração estende as perdas das duas últimas sessões. O mercado segue atento aos indicadores de inflação pelo mundo, especialmente os domésticos e os dos EUA. O dólar comercial avançou 1,07%, a R$ 4,7012

Mesmo no vermelho, analistas acreditam que o benchmark é um momento de abertura para ganhos. “Agora, o índice poderá buscar o suporte em 118 mil, 116 mil e 115,3 mil pontos, patamar que ainda mantém o ativo em tendência de alta”, afirma a equipe de análise do Itaú BBA, como foi antecipado pelo Valor.

Entre as altas desta manhã, estão somente as ações ligadas às commodities, com a guerra entre Rússia e Ucrânia gerando receio de uma interrupção na oferta de petróleo.

Com os conflitos geopolíticos ainda no radar, os Estados Unidos anunciaram que agora proíbe novos investimentos na Rússia e reforçou sanções a bancos.
 
Como foi a abertura?
O Ibovespa abriu em território negativo nesta quarta-feira (6), às 10h20 o índice recuava 0,45%, aos 118.326 pontos, em meio a alta inflação e as expectativas sobre a ata da última reunião sobre a política monetária dos EUA. O dólar comercial apresentou alta de 1,31%, a R$ 4,7110

A elevação do risco inflacionário no Brasil e no mundo está balançando os mercados. À medida que por aqui o IGP-DI avançou 2,37% em março, contra a elevação de 1,50% em fevereiro, segundo a pesquisa da FGV. No exterior, as preocupações com a oferta de petróleo e o aumento dos preços de outras commodities por conta da guerra que ocorre na Ucrânia causam preocupações nos mercados.

Pré-abertura
No exterior, os índices futuros norte-americanos e as bolsas europeia operam em baixa, à medida que investidores aguardam a divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que deve expor seu plano para reduzir o balanço do banco central do país.

A diretora do Fed, Lael Brainard, sugeriu a possibilidade de ações mais agressivas da instituição para controlar a inflação. Na véspera, em uma conferência, a autoridade declarou que espera aumentos metódicos das taxas de juros e rápidas reduções do balanço do banco central para trazer uma posição mais neutra para a política monetária.