O número de gestoras da América Latina que esperam que o Ibovespa consiga encerrar 2025 acima dos 140 mil pontos voltou a cair, passando de 17% para 9% em janeiro. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (21) pelo BofA (Bank of America).
Segundo o estudo, as estimativas das casas para o Ibovespa variam de 110 mil a 140 mil pontos para o fim do ano, o que representaria um crescimento modesto em relação ao fechamento de segunda-feira (20), quando o índice chegou aos 122.855 pontos. O levantamento considera a avaliação de 32 gestores com aproximadamente US$ 47 bilhões sob gestão.
O banco apontou que as casas continuam mais defensivas em janeiro e destacaram a possibilidade de que o Fed (Federal Reserve) adote uma postura mais cautelosa, mantendo as taxas de juros norte-americanas elevadas por mais tempo, como um dos maiores riscos de cauda para a América Latina.
Foi mencionado também o receio de que o dólar continue a se apreciar em relação ao real, em meio ao maior protecionismo dos EUA. As gestoras passaram a estimar que o dólar finalize este ano em R$ 6,10, um pouco acima da projeção de R$ 6,00 esperada em dezembro, conforme apontou o Valor.
Ibovespa não sustenta os 123 mil pts e recua; dólar desvaloriza
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, a B3, opera em queda durante o pregão desta terça-feira (21), após uma sequência de ganhos em cinco dos últimos seis pregões, sendo que no dia anterior o índice chegou a se aproximar dos 123 mil pontos.
Os investidores seguem atentos aos primeiros movimentos do presidente dos EUA, Donald Trump, no comando do governo.
Por volta das 13h05 (horário de Brasília) o marcador apresentava um recuo de 0,04%, aos 122.808 pontos.
O dólar comercial seguia o sentido do índice, quando apresentava uma valorização negativa de 0,18%, cotado a R$ 6,03.
Índice recua com incertezas na políticas norte-americana
Para analistas do Itaú BBA, o Ibovespa conseguiu manter o desempenho positivo visto na segunda-feira (20) e se aproximou do importante patamar de resistência dos 123 mil pontos no curto prazo.
Embora Trump não tenha anunciado a imposição imediata de tarifas comerciais durante a sua posse na segunda-feira, um dos maiores temores do mercado, ele afirmou que os EUA arrecadarão “enormes quantias” com impostos sobre o comércio exterior.
O republicano também mencionou que iniciará uma revisão do sistema comercial dos EUA para proteger os trabalhadores e famílias norte-americanas.