O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, a B3, registra alta nesta segunda-feira (17), atingindo novos recordes intradiários para o ano e tocandoda marca de 129 mil pontos.
Por volta das 13h05 (horário de Brasília) o marcador se aproximava do avanço de 1%, com uma valorização de 0,87%, aos 129.329 pontos.
O dólar comercial seguia o mesmo sentido do índice, embora mais moderado, ao passo que avançava 0,36%, cotado a R$ 5,71.
O desempenho positivo das ações do Itaú foi um dos principais fatores de sustentação do índice, enquanto os papéis da Raízen apresentaram queda superior a 7% após o anúncio do balanço trimestral.
Ibovespa sobe com Wall St em standby
Com cerca de uma hora de pregão, o volume de negociações estava em R$ 2,6 bilhões, com expectativa de baixa liquidez devido ao feriado nos EUA, que mantém as bolsas norte-americanas fechadas.
Analistas do BB Investimentos apontam que o Ibovespa está tentando recuperar os níveis de pontos perdidos em dezembro, quando o aumento das taxas de juros e a sinalização de novas altas prejudicaram o desempenho das ações no mercado de renda variável.
O índice avançava 0,68%, com um cenário misto para as commodities e sem a influência dos mercados de Nova York, fechados devido ao feriado do Dia dos Presidentes.
Com a liquidez mais enxuta, o Ibovespa subia até 129.086,86 pontos, impulsionado pela expectativa de alívio nas tarifas recíprocas entre os EUA e a intensificação das negociações para o fim da guerra na Ucrânia, que beneficia o petróleo e eleva as ações de defesa na Europa.
A possível elevação dos gastos com defesa na Europa exerceu pressão sobre o euro, que caiu 0,13%, enquanto as expectativas de um possível aumento nas taxas de juros pelo Banco do Japão ajudaram o iene a se valorizar (151,454/US$, com o dólar caindo 0,55%).
O índice DXY subia para 106,796 pontos (+0,08%), e o dólar se apreciava em relação às moedas de mercados emergentes, incluindo uma alta de 0,17% frente ao real, cotado a R$ 5,7057. Já os juros estavam operando nos menores níveis.
A ponta longa dos juros teve uma queda superior a 20 pontos, favorecendo as ações ligadas ao mercado doméstico. Mais cedo, o IBC-Br apontou um arrefecimento da atividade econômica, com uma queda de 0,73% em dezembro, o maior recuo desde maio de 2023, superando a expectativa de uma retração de 0,4%. Apesar disso, em comparação com o mesmo período de 2023, o indicador subiu 2,4%, conforme apurou o portal Invest.
A desaceleração observada em dezembro refletiu uma redução em vários setores da economia, com destaque para os segmentos de serviços, varejo e indústria, segundo o analista Rafael Perez, da Suno Research.