Acompanhamento da Bolsa

Ibovespa opera em queda com atenção no cenário fiscal; dólar sobe

Mercados em Nova York sobem com expectativa de tarifas menos severas

Foto: Canva
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O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, a B3, opera em queda durante as primeiras horas da primeira sessão da semana, já sinalizando o que está por vir, enquanto o mercado analisa cautelosamente sobre o cenário fiscal.

O mercado reflete as novas projeções do Boletim Focus, que trazem uma visão mais otimista sobre a inflação, mas continuam desfavoráveis para o dólar e o PIB deste ano.

Por volta das 12h48 (horário de Brasília) o marcador presentava uma queda de 0,35%, aos 131.889 pontos.

Já o dólar comercial apresentava o sentido contrário do índice, ao passo que avançava 0,02%, cotado a R$ 5,72.

Nos próximos dias, o mercado será agitado por uma série de divulgações cruciais, tanto no Brasil quanto no cenário global.

No Brasil, os principais focos de atenção serão a ata do Copom, que será divulgada amanhã (25), e o IPCA-15 (prévia da inflação), esperado para quinta-feira (27). Ambos os indicadores têm o potencial de influenciar significativamente o comportamento dos mercados.

Ibovespa tem leve queda com Embraer em baixa

O Ibovespa registrava uma leve queda, nesta segunda-feira (24), com Embraer (EMBR3) sendo uma das principais responsáveis pela pressão negativa, ainda refletindo a realização de lucros.

Os papéis ordinários da empresa aeroespacial brasileira registravam um recuo de 4,71%, cotado a R$ 71,24.

Por outro lado, Vale (VALE3)  ajudava a equilibrar o índice, sustentada pelo avanço do preço do minério de ferro na China.

Segundo os analistas do BB Investimentos, após atingir as metas de 130 mil e 132 mil pontos, o Ibovespa deve seguir sua tendência de alta no curto prazo. No entanto, uma correção no curto prazo parece provável devido à perda de fôlego do índice nos últimos pregões.

A equipe de análise destacou que os recentes avanços no índice têm sido impulsionados pelo fluxo de investimentos estrangeiros para o Brasil, especialmente devido à rotação de carteiras nos EUA, o que tem favorecido o apetite por risco nos mercados emergentes. 

Além disso, o fechamento da curva de juros no Brasil continua a ser um fator importante para o cenário.

No gráfico mensal, os analistas observaram a formação de um “engolfo de alta”, padrão gráfico que pode sinalizar a continuidade de uma tendência positiva no médio prazo.

Até sexta-feira passada, o Ibovespa acumulava uma valorização de 10% em 2025, com o saldo de capital externo no mercado secundário de ações brasileiro alcançando R$ 14,3 bilhões até o dia 19 de março.

EUA

Os principais índices de ações de Nova York iniciaram a semana em alta nesta segunda-feira, impulsionados pela expectativa de que as tarifas recíprocas, prometidas por Donald Trump para o dia 2 de abril, serão mais amenas do que o previsto.

A informação foi divulgada pelo The Wall Street Journal, que reportou que as tarifas não incluirão taxas específicas por setor e os aumentos não serão cumulativos, aliviando as tensões do mercado.

Cotação dos índices dos EUA:

Dow Jones: +1,32%

S&P 500: +1,60%

Nasdaq: +1,98%