Ibovespa opera em queda, influenciado por notícias do coronavírus na China

A confirmação de novos casos no país e um possível lockdown na capital Xangai deixam os mercados apreensivos

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, opera em queda nesta segunda-feira (25), seguindo a tendência das Bolsas estrangeiras em meio às incertezas causadas pelo surto de coronavírus na China. Às 13h30 (de Brasília), o índice caía 1,27%, operando por volta dos 109.670 pontos.

Após o ministro da Saúde assinar portaria que oficializa o fim do estado de emergência de saúde pública pela pandemia de Covid-19 no Brasil, os mercados seguem apreensivos pelas notícias acerca do coronavírus vindas da China. As restrições no país seguem causando insegurança aos investidores, que temem um possível lockdown na capital, Pequim. O lockdown em Xangai, a capital financeira da China, causou a interrupção nas cadeias produtivas em diversos países no mundo. Consequentemente, os preços das commodities também caíram, afetando empresas brasileiras, como a Petrobras e a Vale.

O Petróleo Brent cai 5,35% na tarde desta segunda-feira, com o barril sendo negociado a US$ 100,47. O Petróleo WTI, por sua vez, recua 5,37%, a US$ 96,56 o barril. Os papéis ordinários da Petrobras (PETR3) têm baixa de 1,38%, a R$ 32,91. Já os preferenciais (PETR4), recuam 2,29%, a R$ 29,86. A Vale (VALE3) cai 3,10%, custando R$ 77,96%, enquanto a Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) cai 4,77%.

Após notícias de que a Eletrobras (ELET6) deve ser repassada à iniciativa privada onde os acionistas serão sócios de uma corporation (empresas cujo controle é pulverizado), as ações da companhia têm alta de 4,98%, a R$ 39,39. O IRB Brasil (IRBR3) recua 2,41% ao divulgar prejuízo líquido de R$ 50,9 milhões em fevereiro de 2022. 

Os investidores também seguem de olho na guerra na Ucrânia, que completou dois meses neste domingo (24). Por fim, influenciam no desempenho do Ibovespa as declarações do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) de que a instituição financeira deve aumentar a taxa de juros no próximo encontro para conter a inflação nos EUA. O dólar tem alta de 2,74%, cotado a R$ 4,9250. No último fechamento, na sexta-feira (22), a divisa subiu mais de 4%, acompanhando o movimento de alta dos Treasuries (títulos do Tesouro norte-americano).