Abertura de mercado

Ibovespa oscila após IBC-Br e esperando pacote fiscal; dólar sobe

No cenário externo, os destaques são a inflação ao produtor nos EUA e o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed

Ibovespa
Foto: Freepik

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, iniciou o último pregão desta semana, na quinta-feira (14), oscilando, com os investidores reagindo ao IBC-Br, prévia do PIB brasileiro.

Além disso, o mercado aguarda atualizações acerca do pacote fiscal preparado pelo governo, que deve ser anunciado somente depois do G-20, e está de olho nos dados de inflação dos EUA.

Por volta das 10h16 (horário de Brasília), o índice apresentava recuo de 0,093% aos 127.614,58 pontos.

dólar comercial, por sua vez, seguia uma performance no mesmo sentido, com queda de 0,06% e cotado a R$ 5,8025.

Detalhes do que movimenta o Ibovespa

O pacote fiscal para corte de gastos segue no radar de investidores, que estão cada vez mais ansiosos diante da demora da equipe econômica para fazer o anúncio. A ideia era que o pacote de revisão de despesas fosse anunciado logo após as eleições municipais, mas a expectativa agora é de que os detalhes venham depois do G-20.

De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o pacote já foi finalizado e depende apenas do aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na quarta-feira (13), o ministro se reunior com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para apresentar a proposta.

Em entrevista coletiva, Haddad declarou que o impacto fiscal do pacote será expressivo e que a ideia é fazer com que as rubricas do Orçamento se enquadrem na regra de crescimento de despesa do arcabouço fiscal.

“Mais do que o número, que é expressivo, mais do que o número, que na opinião da Fazenda reforça o nosso compromisso de manter as regras fiscais estabelecidas desde o ano passado, mais do que isso é o conceito que nós utilizamos para fazer prevalecer essa ideia de que as rubricas devem todas elas, na medida do possível, ir sendo incorporadas a essa visão geral do arcabouço para que ele seja sustentável no tempo”, disse ele.

Investidores também reagem ao IBC-Br, prévia do PIB brasileiro, que subiu além do esperado no mês de setembro. O índice avançou 0,80%, contra expectativa de 0,50%.

Segundo Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio, o resultado sugere uma resiliência da economia brasileira, mesmo com os desafios de inflação e juros elevados. Diante disso, segundo ele, o Copom pode adotar uma postura cautelosa, considerando os impactos da política monetária sobre o consumo e os investimentos.

EUA

Nos EUA, as expectativas giram em torno do PPI (índice de preços ao produto) e do discurso de Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve).

Na quarta (13), foi divulgado o CPI (índice de preços ao consumidor), que registrou um aumento de 0,2% em outubro em relação a setembro, mantendo a mesma variação observada no mês anterior.

Os números ficaram dentro das expectativas do mercado, já que o consenso de analistas da LSEG apontava uma alta de 0,2% para o indicador mensal. Na comparação anual, o CPI subiu 2,6% em outubro.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,07%

S&P 500 Futuro: +0,04%

Nasdaq Futuro: -0,02%