O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, iniciou o pregão desta terça-feira (15) oscilando, com os investidores atentos a um possível plano do governo para conter os gastos públicos.
Além disso, a queda forte do petróleo e os balanços de resultados de três dos ‘bancões’ norte-americanos também estão no radar.
Por volta das 10h20 (horário de Brasília), o índice apresentava crescimento ligeiro de 0,04%, aos 131.052 pontos.
O dólar comercial seguia uma performance no mesmo sentido, com avanço de 0,80%, cotado a R$ 5,6269.
Fiscal preocupa e pressiona Ibovespa
Não é de hoje que o mercado reage com mau-humor às políticas fiscais do governo brasileiro e pressiona o Ibovespa. Nesta terça (15), investidores digerem a notícia de que o Governo Federal está preparando um “pacote relevante” de medidas de revisão de gastos para ser apresentado ainda este ano.
Segundo uma fonte da equipe econômica narrou ao Valor, o pacote conterá mudanças suficientes para conquistar o grau de investimento. O governo também quer costurar um pacto com o Legislativo e o Judiciário para a implementação e blindagem dessas novas mudanças, disse a fonte.
A proposta é tratar da revisão de gastos como uma política de Estado. Dessa forma haveria um esforço que deverá ser feito independentemente do governo que esteja no comando do país.
A notícia surge em meio aos boatos de que o Brasil está caminhando para uma recessão devido, entre outras coisas, ao perfil ‘gastão’ do Governo Lula.
Derrapada do petróleo
Os contratos futuros do petróleo opera em forte queda após o ‘esfriamento’ de tensões geopolíticas. Relatos de que Israel não deve retaliar o Irã com ataques a alvos relacionados ao petróleo ou a usinas nucleares deram sustentação a uma forte desvalorização dos preços da commodity.
Além disso, a AIE (Agência Internacional de Energia) apresentou novo relatório sobre a demanda de petróleo.
Por volta de 10h17, o petróleo tipo Brent para entrega em dezembro recuava 4,27%, a US$ 74,15 por barril. Já o petróleo WTI para novembro operava em queda de 4,58%, a US$ 70,45 por barril.
EUA
Nos EUA, os destaques são os balanços de resultados referentes ao terceiro trimestre 2024 de três dos bancões – Citigroup, BofA (Bank of America) e Goldman Sachs – e falas dos dirigentes do Fed.
O lucro do BofA (Bank Of America) caiu 11,9% em comparação ao mesmo período do ano passado, para US$ 6,9 bilhões. A receita, por sua vez, apresentou ligeiro crescimento de 0,4%, para US$ 25,3 bilhões. O lucro por ação ficou em US$ 0,81, acima da expectativa de analistas de US$ 0,76, segundo a FactSet.
Já o Goldman Sachs reportou um lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 2,78 bilhões, o que representa uma alta de 47,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A receita cresceu 7,46% em base anual, para US$ 12,69 bilhões. O lucro por ação ficou em US$ 8,40, acima da expectativa de consenso de US$ 6,89.
O Citigroup reportou lucro líquido de US$ 3,2 bilhões, queda 9% em comparação ao ganho de US$ 3,55 bilhões no 3TRI23. O lucro por ação do banco americano somou US$ 1,51, superando o consenso de analistas consultados pela FactSet, de US$ 1,31.
Já a receita do Citigroup teve avanço anual de 1% no trimestre, a US$ 20,32 bilhões, valor que ficou acima da projeção da FactSet, de US$ 19,86 bilhões.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: +0,15%
S&P 500 Futuro: -0,09%
Nasdaq Futuro: -0,26%