O Ibovespa opera na sessão desta quinta-feira (30) com forte alta acima de 2%, sendo assim, o Itaú BBA projetou que o principal índice da Bolsa pode subir para a faixa dos 130,9 mil pontos caso feche este pregão acima dos 125 mil pontos.
A primeira tendência de valorização de 2025 pode acontecer após esse patamar, disseram os analistas em relatório publicado nesta quinta-feira. O Ibovespa avança 2,86%, a 126.923 mil pontos, por volta das 16h13 (horário de Brasília).
Para o Itaú BBA, se o Ibovespa fechar acima dos 125.400 pontos, a análise gráfica aponta que o indicador deve buscar a faixa dos 127.400 pontos como nova resistência (topo de alta), o que representa um salto de 3,2% na comparação com o fechamento de quarta-feira (29), quando o Ibovespa encerrou o pregão a 123.432 pontos.
Após isso, se o índice ultrapassar a marca dos 127.400 pontos, a próxima parada seria a faixa dos 130.900, um salto de 6,05% em relação ao fechamento de quarta-feira (29).
“É importante para o investidor entender que, após um período longo de queda, sempre abre uma janela de oportunidade. Parece que temos uma luz no fim do túnel e a janela de operações de compra”, dizem Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta, que assinam o relatório do Itaú BBA, segundo o “E-Investidor”.
Porém, um cenário negativo ainda não está descartado e os especialistas calculam que o Ibovespa pode cair inicialmente para a faixa dos 120.400, o que seria um recuo de 2,45%.
Além disso, se esse pessimismo se expandir, a última faixa de baixa seria os 118.600 pontos, queda de 3,9%. Ainda assim, os analistas reforçam que a Bolsa está em tendência de alta.
“Ações que já estão negociando acima da média de 200 períodos acabam sendo as melhores opções, pois apresentam tendências mais consolidadas enquanto ações que estão começando uma nova tendência de alta, são alternativas para tomada de risco”, afirmaram os analistas do BBA.
Ibovespa supera 125 mil pontos após decisão do Copom
O Ibovespa registrava avanço nesta quinta-feira, ultrapassando a marca de 125 mil pontos, após a decisão do Banco Central sobre a política monetária no dia anterior.
A Selic foi elevada para 13,25%, conforme esperado, e o Copom indicou a possibilidade de um novo aumento de 1 ponto percentual na próxima reunião, embora tenha deixado em aberto os passos seguintes.
Em seu comunicado, o Comitê de Política Monetária (Copom) deu maior destaque ao risco de desaceleração da economia, o que levou muitos economistas, como os da Genial Investimentos, a acreditarem que o ciclo de aumentos de juros pode ser mais curto do que o previsto.
“Acreditamos que o BC avalia que a política monetária se encontra em um patamar demasiadamente contracionista, de modo que, já nos encontramos próximos do fim do ciclo de alta de juros”, afirmou a equipe da Genial, que ainda projeta uma Selic terminal de 15%.
A alta da taxa de juros tem sido um fator de pressão para o mercado acionário, com investidores avaliando o retorno da renda fixa em comparação com as ações, além de preocupações sobre os impactos econômicos e nos resultados das empresas, especialmente no que diz respeito ao endividamento corporativo.
Por sua vez, economistas do Itaú Unibanco consideraram o comunicado do Copom mais suave e, embora esperem uma nova alta de 1 ponto percentual na reunião de março, projetam uma taxa terminal de 15,75%. Contudo, indicam que os riscos sugerem que o Banco Central pode interromper o ciclo de aumentos antes disso.