Ibovespa abre em queda com atenções voltadas ao novo governo

O dólar, por sua vez, abriu em alta de 0,24% a R$ 5,2925

O principal índice de ações da bolsa de valores brasileira (Ibovespa) abriu em forte queda de 2,95%, aos 106.498 pontos, por volta das 10h53 (de Brasília) desta segunda-feira (2). 

O dólar, por sua vez, abriu em alta de 0,24% a R$ 5,2925 e, por volta das 10h15, operava com uma variação positiva de 1,12%. No ano passado, o dólar fechou em alta de 0,47%, cotado a R$ 5,28. 

Com os mercados de Nova York e da maior parte da Ásia e do Reino Unido em recesso de Ano Novo, o Ibovespa tem como base os mercados de Paris e de Frankfurt, nesta segunda, o que faz com que os acontecimentos políticos e econômicos internos tenham mais relevância ainda para o índice. 

O mercado deve ficar atento aos movimentos de Petrobras e Banco do Brasil, neste primeiro pregão de 2022. Isso porque o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um documento que retira a Petrobras, os Correios e a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) do processo de privatização. 

Além disso, o governo Lula anunciou os novos presidentes de Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobras, na última sexta-feira (30). O Banco do Brasil contará, pela primeira vez, com uma mulher como chefe do Executivo. Tarciana Medeiros assume o comando da instituição financeira. Enquanto isso, o senador Jean Prates (PT), economista e ambientalista, é o novo presidente da Petrobras.

Cenário macroeconômico no Ibovespa

No cenário macro, os juros futuros operam em alta, refletindo a desoneração dos combustíveis. A nova perspectiva de alta do Boletim Focus sobre a inflação para 2024 e 2025 também pressiona as taxas.

Por volta das 9h50, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 tinha alta de 13,41% do ajuste anterior para 13,605%; a do DI para janeiro de 2025 subia de 12,66% para 12,99%; a do DI para janeiro de 2026 saltava de 12,58% para 12,935%; e a do DI para janeiro de 2027 passava de 12,61% para 12,94%.