O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, encerrou a terça-feira (30) em queda de 1,24%, aos 108.967 pontos. O dólar subiu 0,60%, aos R$ 5,04.
No cenário local, o destaque do dia foi a divulgação do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), considerado a inflação do aluguel, que teve baixa de 1,84% em maio, segundo o FGV-Ibre. O indicador caiu mais do que era esperado pelo mercado.
No exterior, os investidores seguem na expectativa pela aprovação de um acordo que irá suspender o teto da dívida norte-americana, de US$ 31,4 trilhões, até 2025.
O presidente dos EUA, Joe Biden, e sua oposição conseguiram chegar a um acordo final no último domingo (28), após semanas de tensões e impasses. No entanto, a proposta ainda precisa ser aprovada pelo Congresso para começar a valer.
Essa negociação irá evitar que os EUA deem um calote nas dívidas. O Tesouro do país já avisou que, se a proposta não for aprovada, ficará sem dinheiro já nos primeiros dias de junho.
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) caíram 0,90% e 0,90%, respectivamente. PRIO (PRIO3) recuou 2,88%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 2,17%, a R$ 64,40. Já a Gerdau (GGBR4) registrou baixa e recuou 2,32%. A Usiminas (USIM5), por sua vez, desabou 3,30%.
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"Com os juros altos, os bancos tendem a se beneficiar, pois podem emprestar dinheiro a taxas mais elevadas", disse especialista
“As commodities sofreram com as preocupações com a demanda global, que sofre com as perspectivas de inflação e juros altos nas principais economias, além dos sinais da fraca recuperação da China. Isto pesou sobre o minério de ferro, que, por consequência, afetou as ações da Vale e siderúrgicas”, afirmou Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
No setor bancário, o Itaú (ITUB4) caiu 1,26%, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) avançou 1,11%. Já o Bradesco (BBDC4) desvalorizou 2,60%, e o Santander (SANB11) recuou 1,57%.
“Já os bancos foram pressionados pelos dados de crédito de abril, que mostraram avanço na inadimplência, sinalizando algum recrudescimento no segundo trimestre, diferente do visto nos balanços referentes aos três primeiros meses do ano”, acrescentou Nishimura.
Entre as varejistas, o Magazine Luiza (MGLU3) caiu 2,11%. Diferente do Magalu, as ações da Lojas Americanas (AMER3) não caíram e avançaram. Já a Via Varejo (VIIA3) não caiu 1,69%.
O IRB (IRBR3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 4,90%. Logo atrás, Hapvida (HAPV3) e Raízen (RAIZ4) registraram altas de 4,36% e 2,55%, respectivamente.
Já na ponta negativa, Petz (PETZ3) liderou as perdas, caindo 4,26%. Em seguida, surgem CVC (CVCB3) e CSN (CSNA3), com perdas de 4,19% e 3,61%.
O Ibovespa seguiu os principais índices europeus, que caíram nesta terça-feira. O índice DAX, de Frankfurt, caiu 0,27%, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 1,29%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 desvalorizou 0,66%. Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,01% e 0,32%, respectivamente. Já o índice Dow Jones caiu 0,15%.
