Ibovespa recua 0,51% repercutindo PEC dos Precatórios

Dólar encerra em alta a R$ 5,56

O Ibovespa encerrou em queda de 0,51% no pregão desta quinta-feira (18), ampliando ainda mais a sua pior pontuação do ano. O principal índice da Bolsa operou em baixa muito por conta do fim da temporada de balanços corporativos, que costuma alavancar o benchmark, além da constante preocupação com o futuro cenário econômico do Brasil, com o avanço da inflação e dos juros. O mercado também repercutiu uma possível volta da PEC dos Precatórios para a Câmara dos Deputados.

Com o fim da temporada de balanços financeiros, o lucro líquido somado das empresas registradas na B3 saltaram 124,7% no terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período do ano passado, somando R$ 128,24 bilhões, segundo levantamento do Economatica. Desconsiderando os números da Vale e Petrobras, o lucro líquido das empresas chegou a R$ 78,89 bilhões, alta de 78% no comparativo anual.

Na avaliação do Bank of America (BofA), a temporada do terceiro trimestre foi positiva, destacando que as empresas listadas no Ibovespa apresentaram alta de 30% nas receitas entre julho e setembro. “O terceiro trimestre mostrou números muito bons, continuando a apresentar um crescimento importante de receitas e de lucro”, afirmou o estrategista-chefe do BofA no Brasil, David Beker.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios pode estar de volta à Câmara dos Deputados, isso ocorre porque o Governo procurou apoio nas principais bancadas do Senado, onde o texto aguardava votação, buscando pelo MDB que deseja alterações na PEC. A proposta pode retornar para a Câmara como forma de ceder duas emendas ao partido, o que, inevitavelmente, resultaria em uma nova votação.

Um dos pedidos do MDB é para que o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família, seja um programa social permanente, previsto na Constituição, e permitindo que o valor de R$ 400 por mês não seja reduzido após dezembro de 2022. A outra proposta do partido é estabelecer uma trava para o pagamento de precatórios, que também passariam por uma auditoria.

Nos Estados Unidos, os mercados retomam preocupação com a possibilidade de uma nova onda de infecções da Covid-19, além dos temores sobre o avanço da inflação no país. Em contrapartida, dados que indicam uma recuperação mais consistente da economia americana têm mantido os índices próximos de patamares históricos.

Na Europa, foram repercutidos os dados da inflação da Zona do Euro, que veio mais que o dobro da meta estipulada pelo Banco Central Europeu, e do Reino Unido, no qual registrou a maior alta para outubro em 10 anos. As bolsas do continente encerraram, majoritariamente, em baixa.

Ibovespa
O índice recuou 0,51% na sessão, aos 102.426 pontos. O volume negociado foi de R$ 28 bilhões.

Dólar
A moeda norte-americana avançou 0,83% a R$ 5,569 na compra e R$ 5,570 na venda.

Ibovespa pela tarde 

Às 16h58 (horário de Brasília), o índice tinha baixa de 0,50% aos 102.429 pontos. O dólar avançava 0,83% a R$ 5,57.

Às 14h40 (horário de Brasília), o principal benchmark da bolsa recuava 0,52% aos 102.418 pontos. O dólar avançava 0,76% a R$ 5,56.

Índice ao meio-dia

Às 12h04 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em queda de 0,36% aos 102.581 pontos. O dólar subia 0,43% a R$ 5,55.

No início da tarde desta quinta-feira (18), o Ibovespa opera em queda diante das incertezas fiscais mediante a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, que deve ser votada no Senado no dia 30 de novembro.

Como foi a abertura do Ibovespa?

Às 10h12 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 0,31% aos 103.268 pontos. O dólar subia 0,25% a R$ 5,53. 

O Ibovespa abriu próximo da estabilidade nesta quinta-feira (18) com mercado repercutindo os desdobramentos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios. O projeto inclusive pode precisar retornar à Câmara dos Deputados, como forma de ceder com algumas emendas, como duas propostas pelo MDB, resultando em uma nova votação (veja mais aqui). 

Nesta quarta-feira (17), senadores propuseram a exclusão de requisições de “pequenos valores” e precatórios do teto de gastos, excepcionalmente, em 2022. A medida proposta iria estabelecer um espaço fiscal de R$ 89 bilhões, o suficiente para custear o Auxílio Brasil (veja mais aqui).

Nos destaques corporativos, os acordos e movimentos de expansão das empresas estão no radar. A Hypera anunciou ter assinado um contrato com a Eurofarma para a venda de produtos farmacêuticos. Já a JBS, informou que realizou um investimento de US$ 100 milhões (R$ 520 milhões) para se inserir no mercado de proteína cultivada.

Fique por dentro dos destaques das empresas clicando aqui.

Pré abertura da Bolsa

O Ibovespa fechou em queda de 1,39% na quarta-feira (17), encerrando com a pior pontuação do ano, abaixo dos 103 mil pontos, praticamente zerando os ganhos de novembro. O índice recuou após a divulgação do Boletim Macrofiscal deste mês, que piorou a estimativa para a inflação e juros no Brasil, aumentando os receios do mercado.

Na sessão desta quinta-feira (18), investidores devem repercutir os dados mais fracos da atividade econômica, com indícios de que 2022 será bastante desafiador. Além disso, os desdobramentos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, com perspectiva de alterações do texto no Senado, seguem no radar.  Há a possibilidade do documento voltar à Câmara.

Nesta manhã, os índices futuros norte-americanos operam em alta. Na véspera o Dow perdeu 211 pontos, afetado pelo recuo de 4,7% nas ações da Visa; o S&P caiu 0,26%; o Nasdaq sentiu retração de 0,33%, mesmo com o desempenho positivo de grande parte das gigantes de tecnologia.

Investidores acompanham, na quinta-feira, os balanços de empresas como Alibaba, Macy’s e JD.com, além dos números dos novos pedidos de auxílio-desemprego no país.

As bolsas europeias operam sem direção definida. O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, sobe 0,8%, com destaque positivo para o setor de lazer e viagem.

Na véspera, indicadores econômicos foram divulgados na zona do euro. A inflação na região registrou alta de 4,1% em outubro, na comparação anual, ficando duas vezes maior que a meta do Banco Central Europeu (BCE).

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido, por sua vez, ficou em 4,2% no mês passado, seguindo a mesma base comparativa. Esta foi a maior marca em quase 10 anos, em meio a pressões nos preços de energia e automóveis. Além disso, é esperado que o BCE altere sua política monetária.

Já as bolsas asiáticas fecharam esta quinta-feira com desempenhos variados entre si. Algumas das gigantes de tecnologia listadas em Hong Kong recuaram. As ações da Meituan caíram 2,46%; as da Alibaba, 5,34%; as da Tencent 2,4%; e os do Baidu,7,84%.

Também em ritmo negativo, as incorporadoras da China sentiram leves perdas, com consultores sinalizando que o governo não conseguiu imprimir a confiança do consumidor no setor. Além disso, os papéis da Evergrande caíram 5,7% na sessão. A companhia deve levantar US$ 273 milhões com a venda ações remanescentes da HengTen Networks, como foi antecipado pelo InfoMoney.

Em relação às commodities, os preços do petróleo caem, mesmo com os dados positivos da Energy Information Administration (EIA) sinalizando grande queda nos estoques.
Na véspera, a commodity sentiu um recuo com a sinalização de que há um excesso de ofertas e a elevação de casos de Covid-19 pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Agência Internacional de Energia.
 
Confira os principais índices às 7h37:
 
IFIX [-0,35%]
 
ÁSIA
Nikkei 225 [-0,30%]
S&P/A SX 200 [+0,13%]
Hang Seng [-1,29%]
Shanghai [-0,47%]
 
EUROPA
DAX [-0,01%]
FTSE 100 [-0,22%]
CAC 40 [+0,03%]
SMI [-0,14%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
S&P 500 VIX [-0,76%]
US 2000 [-0,02%]
US Tech 100 [+0,52%]
US 500 [+0,29%]
 
COMMODITIES
Ouro [-0,41%] US$ 1.862,45
Prata [-0,57%] US$ 25,027
Cobre [0,71%] US$ 4,2355
Petróleo WTI [-0,32%] US$ 77,31
Petróleo brent [-0,24%] US$ 80,09
Minério de ferro futuro [+0,82%] US$ 92,76