Ibovespa recua, acompanhando exterior; dólar opera em alta

Vale (VALE3) e o setor financeiro arrastam o índice para baixo

O Ibovespa, o principal índice acionário brasileiro, opera em queda nesta quarta-feira (18). Às 13h40 (de Brasília), o índice recuava 1,58%, aos 107.070 pontos, acompanhando as Bolsas de Wall Street e da Europa. O dólar tem alta de 0,75%, cotado a R$ 4,9751.

Os mercados repercutem a fala do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), que afirmou na terça-feira que a autoridade monetária irá persistir no aperto monetário para conter a alta da inflação nos EUA. Jerome Powell defendeu aumentos de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros nas próximas reuniões do Fomc (Federal Open Market Comittee). 

As commodities também apresentam queda, com o petróleo Brent caindo 2,37% e sendo negociado a US$ 109,23. Os papéis ordinários da Petrobras (PETR3) recuam 1,78%, enquanto os preferenciais (PETR4) perdem 1,02%. PetroRio (PRIO3) cai 5,84%, enquanto  Vale (VALE3) tem perda de 2,26%, a R$ 78,00.

Os principais bancos do índice, Banco do Brasil (BBAS3), Itaú (ITUB4), Santander (SANB3) e Bradesco (BBDC4) operam em terreno negativo. Bradesco registra as maiores perdas, com recuo de 1,66%. O Banco Inter (BIDI11) despenca 8,36%.

As ações da Eletrobras (ELET3) recuam 1,38%, a R$ 42,94. Nesta quarta-feira, o TCU (Tribunal de Contas da União) irá retomar o julgamento da segunda etapa de privatização da companhia. A decisão está paralisada desde o dia 20 de abril.

Na ponta positiva, Locaweb (LWSA3) tem alta de 4,25%, enquanto Hapvida (HAPV3) avança 6,75%, recuperando parte das perdas do dia anterior. Na véspera, as ações da companhia chegaram a cair cerca de 18%, após reportar prejuízo de R$ 182 milhões no primeiro trimestre do ano. 

O Ibovespa acompanha o tirmo das bolsas internacionais. Em Nova York, o Dow Jones e o S&P 500 caem 2,51% e 3,00%, enquanto o Nasdaq recua 3,58%. Na Europa, o índice Stoxx 600 tem baixa de 1,10%, após o Reino Unido e a zona do euro divulgarem alta nos indicadores de preços em abril. Por fim, os mercados seguem apreensivos com sinais da desaceleração da economia chinesa.