Ibovespa recua com commodities e China no radar

O dólar sobe a R$ 4,77

Às 16h19 (horário de Brasília), o índice tinha biaxa de 0,23%, aos 118.812 pontos. Já o dólar avançava 0,48%, a R$ 4,77.

Às 14h50 (horário de Brasília), o benchmark recuava 0,57%, aos 118.398 pontos. O movimento é puxado pela queda de ações ligadas a commodities, além de preocupações sobre o ritmo de crescimento econômico chinês após novos lockdowns terem sido anunciados no gigante asiático. O dólar subia 0,90%, a R$ 4,79.

Índice ao meio-dia 

Às 12h19 (horário de Brasília), o Ibovespa revertia alta da abertura e caía 0,59%, aos 118.376 pontos, puxado pelas petroleiras e ainda focado nas expectativas de inflação e juros do Brasil e EUA. O dólar hoje ganha fôlego e avança às 12h29, 1,07%, a R$ 4,79.

As ações ligadas ao setor alimentício lideram as altas na manhã desta segunda, a MRFG3, avançando 4,07%. seguido da BRFS3, avançando 3,35%. Outros frigoríficos completam a lista: JBSS3 sobe 2,48% e BEEF3 avança 2,04%.

No negativo, a Locaweb ainda é maior baixa, caindo 4,97%, logo depois a PetroRio, desvalorizando 4,56% e o Banco Pan em queda de 4,15%.

Os papéis VALE3 recuam 1,28%, mesmo com o preço do minério em alta no mercado internacional, com os investidores repercutindo novos lockdowns na China. A perspectiva de uma queda de demanda chinesa também impacta os preços do petróleo, que caem forte nos negócios de hoje. O barril do brent recua 7,49% agora, a US$ 111,61.

As petrolíferas sentem o impacto e as ações da Petrobras chegaram nesta manhã entre as maiores baixas do Ibovespa. PETR3 cai 2,57% enquanto PETR4 cai 2,29%.

Em Nova York, as Bolsas operam sem direção definida. O Dow Jones cai 0,33%. Enquanto isso, S&P 500 e Nasdaq sobem, respectivamente, 0,04% e 0,50%.

Como foi abertura de mercado?

O principal índice da B3 abriu a semana com leve valorização. Às 10h09, desta segunda-feira (28), o Ibovespa tinha ganhos de 0,30%, aos 119.442 pontos, seguindo as expectativas de inflação e juros do Brasil e nos EUA. Enquanto isso, às 10h13, o dólar comercial tinha valorização de 0,91%, a R$ 4,790.

Entre as maiores altas da bolsa, as ações da BRF e da Marfrig se destacaram com ganhos de 2% e 1,88%, respectivamente.

Já no outro lado, a Locaweb registrou a maior baixa do Ibovespa, recuando 6,66%.

As bolsas em Nova York abriram está segunda sem direção definida. A Dow Jones recua 0,22%, aos 34,786 pontos, enquanto a S&P 500 cai 0,13%, ais 4,573 pontos e a Nasdaq avança 0,19%, aos 14.196 pontos.

Os preços do petróleo caíram mais de R$ 6 nesta segunda. Os futuros de petróleo Brent desvalorizaram para US$ 113,72 por barril e estavam sendo negociados em queda de US$ 5,97, ou 4,9%, a US$ 114,68 às 1212 GMT. Já os contratos futuros de petróleo bruto do West Texas Intermediate (WTI) atingiram uma baixa de US$ 106,81 por barril e caíram US$ 5,93, ou 5,2%, a US$ 107,97.

Enquanto isso, o minério de ferro avança. O minério com teor de 62% de ferro foi negociado a US$ 152,40 por tonelada, com ganho de 1% ante a sexta-feira, atingindo o maior nível em duas semanas, segundo índice de preços da S&P Global Platts.

A Bolsa da Rússia fechou em queda, em sessão, mais uma vez, encurtada, sem investidores estrangeiros. A negociação com todas as ações russas listadas na Bolsa de Moscou foi retomada na quinta-feira da semana passada, após permanecerem quase um mês fechados.

Os mercados ainda continuam acompanhando a guerra na Ucrânia mais de um mês depois que a Rússia começou sua invasão do país. O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy voltou a afirmar que está preparado para discutir a adoção de um status neutro como parte de um acordo de paz com a Rússia. 

Nos EUA, os investidores esperam para o Job Openings and Labor Turnover Survey, ou JOLTS, esta semana. ADP também divulgará seus dados de folhas de pagamento no setor privado na quarta e, na sequência, será divulgado o payroll, relatório de emprego, na sexta-feira.

No cenário interno, o impasse entre o Banco Central e o mercado permanece. No último domingo (27), o presidente do BC reforçou de novo que a Selic acabará em 12,75% ao ano no final do ciclo de alta, em maio, enquanto as previsões do mercado seguem indicando uma taxa básica de juros maior.

A semana aqui também será movimentada, com destaque para os números de emprego e atividade. Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) estão previstos para terça-feira (29). Já a taxa de desemprego de fevereiro medida pela pesquisa mensal PNAD Contínua sai na quinta-feira (31) – a previsão do Itaú é de 11,4%, enquanto a Necton projeta taxa de 11,3%.

Pré-mercado

O Ibovespa futuro iniciou a semana já subindo. Às 9h24, desta segunda-feira (28), o índice avançava 0,20%, aos 120.015 pontos. Enquanto isso, a safra de balanços segue para a reta final, com a divulgação de resultados da Ânima, antes da abertura dos mercados. Depois do fechamento, saem os números da Dasa, HBR Realty e Mosaico.

Já os índices futuros dos EUA operam entre leves perdas, enquanto as ações asiáticas fecharam mistas, com os investidores aguardando uma série de dados econômicos importantes e continuando de olho nos aumentos das taxas de juros do Federal Reserve (Fed).

As cotações do petróleo recuam mais de 3%, por conta do aumento dos temores sobre a demanda de combustível mais fraca na China.