O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, a B3, segue mantendo-se em torno dos 125 mil pontos, com uma queda de 0,62%.
Por volta das 13h49 (horário de Brasília) o marcador presentava um recuo de 0,41%, aos 125.458 pontos.
Já o dólar comercial seguia o sentido contrário do índice, ao passo que avançava 0,34%, com uma cotação de R$ 5,77.
O índice é sustentado pela valorização de Vale (+0,79%) e pela liderança de Ambev (+4,69%), que teve um aumento de 11% em seu lucro líquido e anunciou a distribuição de dividendos.
O Caged, por sua vez, revelou a criação líquida de 137.303 empregos em janeiro, superando amplamente as estimativas medianas de 50,5 mil vagas, com o setor de Comércio sendo o único a registrar fechamento de postos.
Os números confirmam a previsão do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que havia antecipado a criação de mais de 100 mil novas vagas.
Ibovespa cai após Caged forte
O Ibovespa iniciou o pregão desta quarta-feir (26), com alta, mas logo após atingiu sua máxima intradia de 126 mil pontos, perdeu fôlego e inverteu o rumo.
A mudança de direção reflete o aumento nos juros futuros, que foi impulsionado pela divulgação dos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Enquanto isso, os investidores analisam os resultados de empresas já divulgados, à espera do balanço da Petrobras (PETR4), que será divulgado após o fechamento da B3 (B3SA3).
A expectativa de que esses dados possam pressionar a inflação fortaleceu tanto o dólar quanto os juros. A moeda americana, neste momento, subia para R$ 5,7981, com uma alta de 0,76%, enquanto os juros futuros avançavam entre 14 e 31 pontos em toda a curva.
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Em Nova York, os índices aguardam com otimismo o balanço da Nvidia, que será divulgado após o fechamento, podendo dar impulso ao rali da Inteligência Artificial (IA). O Dow Jones subia 0,28%, o S&P 500 0,61% e o Nasdaq 0,95%.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a outras moedas, registrava uma alta de 0,20%, alcançando 106,519.
Paulo Gala analisa desaceleração econômica no Brasil e EUA
Paulo Gala, economista chefe do Banco Master, fez uma análise sobre a recente atualização dos dados de atividade econômica, destacando um cenário de desaceleração tanto no Brasil quanto nos EUA.
“Os dados de confiança do consumidor no Brasil e nos Estados Unidos são preocupantes, com uma queda significativa no Brasil, especialmente na construção civil, e o mesmo fenômeno ocorre nos Estados Unidos, conforme dados do Conference Board”, afirmou.
Ele ressaltou que, apesar do bom desempenho do mercado de trabalho no Brasil, com a criação de 100 mil vagas formais em janeiro, o cenário de confiança aponta para uma desaceleração econômica.
“O indicador de confiança tem uma forte correlação com a atividade econômica, e já vimos em outros momentos que um mergulho na confiança precedeu quedas no PIB, como na crise de 2014-2015 e na pandemia”, observou Gala.
O economista também alertou para a desaceleração global, com a queda nas taxas de juros nos EUA, devido à preocupação com o impacto das tarifas e da inflação.
“A atrição de empregos nos Estados Unidos e a incerteza causada pelas tarifas também contribuem para um quadro de desaceleração econômica”, concluiu, destacando que o início de 2025 apresenta um cenário mais desafiador para ambos os países.
EUA
As bolsas de Nova York registram alta, com os investidores aguardando os resultados financeiros da Nvidia, enquanto as ações na Europa seguem em direção a recordes, impulsionadas por bons resultados trimestrais de empresas. No mercado internacional, o dólar e as taxas dos Treasuries permanecem praticamente estáveis.
“A Nvidia desempenha um papel crítico no desenvolvimento de inteligência artificial (IA) em todo o mundo”, diz o analista Lukman Otunuga, do FXTM, em relatório. “Os resultados da empresa podem servir como um indicador importante para o comércio de IA, ao mesmo tempo em que reconfirmam se sua avaliação de US$ 3,1 trilhões é justificada.”
