Ibovespa recua mais de 1% puxado por balanços e Petrobras

O dólar comercial fechou com uma leve alta de 0,07%, a R$ 5,27

O Ibovespa quebrou o movimento de alta apresentado ao decorrer de janeiro e fechou em queda nesta quarta-feira (2), puxado pelo mal desempenho de ações de bancos e da Petrobras. A segunda sessão de fevereiro foi marcada pela expectativa de investidores com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) sobre a taxa básica de juros (Selic), além da divulgação dos balanços de empresas referentes ao quarto trimestre de 2021. 

O benchmark não conseguiu apoio dos papéis da Petrobras durante o pregão, visto que os ativos da estatal foram prejudicados pelo petróleo mais fraco no mercado internacional.

O Copom iniciou as primeiras reuniões do ano a respeito da taxa na véspera e finaliza o encontro nesta noite. Com a alta da inflação nos últimos meses, a expectativa é que os juros deverão atingir os dois dígitos pela primeira vez em cinco anos. 

Espera-se que a Selic seja elevada de 9,25% para 10,75% ao ano. (A decisão ainda não havia sido divulgada no fechamento desta matéria).

No radar corporativo, o Santander registrou um lucro líquido gerencial de R$ 3,88 bilhões nos últimos três meses de 2021, queda de 10,6% na comparação com o terceiro trimestre e de 2% na base anual, ficando abaixo das projeções dos analistas consultados pela Refinitiv, que projetavam uma média de R$ 4,309 bilhões.

A instituição financeira inaugurou a temporada de resultados para os grandes bancos de forma negativa, com os papéis SANB11 chegando a cair 4,22% na mínima do dia e puxando também as ações de seus pares na Bolsa. 

A Romi (ROMI3), por sua vez, reportou um lucro líquido de R$ 54,7 milhões no período, queda de 36,6% ante o ganho líquido de R$ 86,4 milhões contabilizado em 2020.

Entre outubro a dezembro de 2021, a receita líquida da empresa totalizou R$ 442,8 milhões, um avanço de 22,8%. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) somou R$ 85,1 milhões, 19,8% acima do resultado do mesmo período de 2020.

Os investidores também acompanham o desenrolar do follow-on da BRF (BRFS3), que fixou o preço por ação em R$ 20. No âmbito da oferta internacional, o preço por ADR ficou em US$ 3,79.

Frente a isso, foi aprovada a emissão de 270 milhões novas ações ordinárias, com a consequente movimentação de R$ 5,4 bilhões.

Ainda no cenário interno, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial cresceu 2,9% em dezembro em comparação a novembro na série com ajuste sazonal. 

Os números vieram acima do esperado pelo consenso Refinitiv, que indicava alta de 1,6% na base mensal. O recuo efetivo na comparação anual foi de 5%, menos expressivo do que a projeção de queda de 6% na base anual. 

No exterior, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados liderados pela Rússia (conhecido como Opep+) devem manter sua postura de aumentar moderadamente a produção de petróleo. A decisão será combinada em reunião que acontece ainda hoje.

A Opep+ manteve suas metas recentes de adicionar 400 mil barris por dia (bpd) a cada mês. A organização justificou o aumento dos preços do petróleo pelo fracasso das nações consumidoras em garantir investimentos adequados em combustíveis fósseis à medida que mudam para energia mais verde.

Nos Estados Unidos, a dívida pública ultrapassou os US$ 30 trilhões pela primeira vez. Segundo o Departamento do Tesouro, a dívida nacional do país somava um total de US$ 30,1 trilhões em 31 de janeiro, o que reflete a elevação dos empréstimos federais realizados durante os momentos mais críticos da pandemia da Covid-19.

O número corresponde a uma elevação de cerca de US$ 7 de trilhões em comparação com janeiro de 2020, período anterior à pandemia.

As bolsas da maior economia do mundo chegaram a operar no vermelho, mas recuperaram as perdas e se firmaram no terreno positivo. O Dow Jones fechou em alta de 0,63%, a 35.629 pontos; o S&P 500 avançou 0,94%, a 4.589 pontos; e a Nasdaq subiu 0,50%, a 14.417 pontos.
Bolsa

O Ibovespa fechou em queda de 1,18%, aos 111.894 pontos. O volume financeiro negociado na sessão ficou em R$ 25,29 bilhões.

Maiores altas

Positivo (POSI3) +3,57%;
Qualicorp (QUAL3) +1,60%;
Cielo (CIEL3) +1,30%;
Bradespar (BRAP4) +1,19%;
Rede D’Or (RDOR3) +0,89%

Maiores baixas

Banco Inter (BIDI11) -9,54%;
IBR Brasil (IRBR3) -9,04%;
BRF (BRFS3) -7,77%;
Banco Pan (BPAN4) -7,34%;
Magazine Luiza (MGLU3) -7,13%

Dólar

O dólar comercial fechou com uma leve alta de 0,07%, a R$ 5,275 na compra e R$ 5,276  na venda.

IFIX

O índice de Fundos Imobiliários da B3 (IFIX) encerrou com baixa de 0.20%, aos 2.771 pontos. 

Ibovespa pela tarde

Às 17h11 (horário de Brasília), o índice tinha biaxa de 0,89%, aos 112.220 pontos. O dólar avançava 0,07%, a R$ 5,27.

Às 15h20 (horário de Brasília), o benchmark recuava de forma mais dura, caindo 1,21%, aos 111.857 pontos. A queda vem em meio o desempenho negativo das blue chips, ações de maior peso da carteira do índice. Papéis como Petrobas (PETR3,PETR4) e Itaú (ITUB4) recuavam mais de 1%. O dólar subia 0,45%, a R$ 5,30.

Índice ao meio-dia

Às 12h20 (horário de Brasília) o Ibovespa registrava perda de 0,87%, aos 112.180 pontos. O dólar tinha alta de 0,73%, a R$ 5,30.

Embora o índice tenha iniciado a sessão com leve alta nesta quarta-feira (2), o dia foi marcado de instabilidade e registrou perdas durante a manhã. A performance reflete o fraco desempenho de alguns dos papéis mais representativos do índice.

Ao meio dia, o pregão é marcada pela divulgação do balanço do Santander, que veio abaixo das expectativas do mercado, e pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), a ser divulgada no fim da tarde, após o fechamento do mercado.

As ações preferenciais da companhia de tecnologia Positivo lideravam os ganhos ao meio-dia, com avanço de 3,46%, sendo cotado a R$ 9,54. As ações da ordinária da Minerva encontravam-se logo atrás ao passo que registravam alta de 2,76%, a R$ 9,31.

Em contrapartida, os papéis ordinários da BRF alcançaram destaque negativo com pior desempenho do pregão, com recuo de 7,54%, a R$ 20,00.

O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX), negociado na B3, permanece em ritmo tímido, ao atingir leve alta de 0,05%, aos 2.778 pontos.

O ativo KISU11 obteve o melhor desempenho da sessão ao meio-dia, com avanço de 2,72%, a R$ 7,72.

Enquanto isso, o fundo SPTW11 alcançava a pior performance com queda de 3,14%, sendo cotado a R$ 45,47.

Como foi a abertura do Ibovespa?

O principal índice da B3, o Ibovespa, iniciou a sessão desta quarta-feira (2) com alta de  0,35%, aos 113.620 pontos. O dólar caía 0,15%, a R$ 5,26.

O índice estendia os ganhos do pregão anterior que fechou em alta na terça-feira (1ª) atingindo a sua maior pontuação em mais de 113 mil pontos pela primeira vez desde outubro de 2021. 

O mercado acompanhou a divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que apontou uma alta na Produção industrial de dezembro do ano passado, com avanço de  2,9%, frente ao mês anterior. Os números vieram acima do esperado pelo consenso Refinitiv, que indicava alta de 1,6% na base mensal.

Confira a abertura do Ibovespa na íntegra.

Pré-abertura da Bolsa

A sessão desta manhã é marcada pelo início da temporada de resultados no Brasil, com o balanço das Indústrias Romi (ROMI3) e do Santander (ISANB11). Além disso, as atenções estão voltadas para os dados de produção industrial de dezembro.

As bolsas internacionais iniciam a sessão desta quarta-feira em alta, com destaque para os resultados trimestrais em Wall Street. Além disso, a Organização de Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+). A expectativa é que o aumento de 400 mil barris por dia seja ratificado.

Os índices futuros norte-americanos iniciam suas operações em alta, com fevereiro sendo iniciado registrando ganhos após um janeiro turbulento, devido a pressão inflacionária e a possível elevação na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).

Confira a pré-abertura do mercado aqui.