Ibovespa renova pior pontuação do ano caindo 0,87% repercutindo PEC dos Precatórios

Dólar encerra em alta a R$ 5,63

O Ibovespa encerrou com queda de 0,87% no pregão desta terça-feira (30) e renovou sua pior pontuação do ano. O principal índice da B3 chegou a despencar mais de 2%, beirando os 100 mil pontos, mas reduziu suas perdas. O mercado brasileiro repercutiu a aprovação do texto-base da PEC dos Precatórios pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado e notícias sobre a nova variante da Covid-19.

A CCJ do Senado aprovou a PEC dos Precatórios por 16 votos favoráveis a 10 contrários. A proposta adia o pagamento de precatórios, decisões judiciais contra a União que já transitaram em julgado, permitindo a abertura de espaço fiscal de mais de R$ 100 bilhões.

O texto que foi aprovado sofreu a alteração que retira do teto de gastos um limite de crescimento nas despesas à inflação, os chamados precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). Os pagamentos ao Fundef serão pagos em três parcelas, divididas em 40% em 2022, 30% em 2023 e 30% em 2024.

De acordo com o relator da matéria, Fernando Bezerra (MBD), a remoção das dívidas do Fundef do teto de gastos irá ampliar o espaço para pagamento de dívidas judiciais em R$ 10 bilhões. 

A PEC agora seguirá para o Plenário do Senado, onde deve ser votada nesta quinta-feira (2). 
 
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a taxa de desocupação recuou 1,6 ponto percentual, ficando em 12,6%, no terceiro trimestre deste ano, ante aos 14,9% registrados no mesmo período de 2020.

Nos Estados Unidos, o mercado se atentou às falas do presidente do Banco Central norte-americano (Fed), Jerome Powell, sobre a inflação no país. O representante do Fed afirmou que o avanço do índice de preços não pode mais ser considerado transitório e que o programa de estímulos à economia pode ser encerrado antes que o esperado.

A fala da autoridade monetária americana vem à tona em meio ao temor global com a variante da Covid-19, Ômicron.

Na Europa, as principais Bolsas do Velho Continente fecharam o pregão em queda após o CEO da Moderna, Stéphane Bancel, dizer que as vacinas aplicadas mundo afora provavelmente são menos eficazes contra a cepa. 

Na Ásia, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) da China aumentou para 50,1 no mês de novembro, ante aos 49,2 registrados em outubro, de acordo com divulgação do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) do país.  

Os dados apresentaram desempenho acima do esperado pelos especialistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam alta de 49,6. 

O índice de Fundos Imobiliários da B3 (IFIX) registrou alta de 0,57% no pregão, aos 2.578 pontos. No mês, o indicador somou recuo de 3,55%, enquanto no acumulado de 2021 registra perdas de 10,16%.

Principais altas do IFIX:

HGRE11 [+4,38%] R$ 119,99
GGRC11 [+3,4%] R$ 105,06
XPPR11 [+3,33%] R$ 59,12
TEPP11 [+3,07%] R$ 65,97
SDIL11    SDI [+2,95%] R$ 85,40

Principais Baixas do IFIX:

AIEC11 [-2,46%] R$ 68,81
VIFI11 [-2,09%] R$ 74,21
SARE11 [-1,91%] R$ 61,62
RBRF11 [-1,63%] R$ 68,71
KISU11 [-1,44%] R$ 7,52

Ibovespa
O índice recuou 0,87% na sessão, aos 101.915 pontos. O volume negociado foi de R$ 42,3 bilhões.

Dólar
A moeda norte-americana avançou 0,46% a R$ 5,635 na compra e R$ 5,636 na venda.

Índice pela tarde

Às 16h47 (horário de Brasília), o principal benchmark da bolsa registrava baixa de 1,81% aos 100.955 pontos. O dólar subia 0,46% a R$ 5,64.

Às 15h08 (horário de Brasília), o índice recuava 2,21% aos 100.537 pontos. O dólar avançava 0,49% a R$ 5,64.

Índice pela manhã

Às 10h13 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em queda de 0,61% aos 102.183 pontos. O dólar tinha leve alta de 0,05% a R$ 5,61.

Na manhã desta terça-feira (30), o Ibovespa recuava com mercados atentos à nova variante da covid-19. O presidente da Moderna, Stéphane Bancel, afirmou em uma recente entrevista que os imunizantes existentes terão uma “queda” na capacidade de combater a nova linhagem do vírus. 

Por aqui no Brasil, a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios no Senado foi adiada para a próxima quinta-feira (2) – veja mais aqui.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou que a taxa de desocupação recuou 1,6 ponto percentual (p.p), ficando em 12,6%, no terceiro trimestre, ante os 14,9% registrados um ano antes (veja mais aqui). Nesse sentido, a população desocupada diminuiu 7,8% na comparação anual.

Na China, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, sigla em inglês) aumentou de 49,2 em outubro para 50,1 em novembro, conforme divulgado pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, sigla em inglês) do país (veja aqui). 

O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX), na sessão, registrou alta com 0,27%, a 2.571 pontos, após fechar com forte alta, de 0,88%, no pregão anterior. Vale salientar que o indicador vem acumulando quda no mês de 4,13% e, no ano, 10,67%.

Principais altas dos Fundos Imobiliários:

PRSN11B [+14,58] R$ 0,55
RBVO11 [+10,75%] R$ 15,25
CORM11 [+8,78%] R$ 104,00
PLRI11     [+7,06%] R$ 38,54
VOTS11 [5,09%] R$ 86,89

Principais baixas dos Fundos Imobiliários:

FIVN11 [-8,57%] R$ 1,92
ERCR11 [-7,77%] R$ 68.157,60
MCHY11 [-7,69%] R$ 120,00
EDFO11B [-7,14%] R$ 195,00
TEPP11 [-4,44%] R$ 64,50

Pré abertura da Bolsa

O Ibovespa fechou com alta de 0,59% na segunda-feira (29), sendo beneficiado pelo avanço das commodities que alavancou as ações da Petrobras e Vale. O índice chegou a registrar ganho de 1% mas desacelerou no decorrer do dia. Além disso, o mercado segue atento às atualizações da nova variante da Covid-19 e os desdobramentos da PEC dos Precatórios.

Na sessão desta terça-feira (30), o movimento é de queda para as bolsas internacionais, após as declarações do CEO da farmacêutica Moderna, Stephane Bancel, ao Financial Times, que acredita serem necessárias novas vacinas, pois as atuais são menos efetivas contra a Ômicron, nova variante do Coronavírus.

Ainda nesta data, é aguardada a participação do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, e da secretária do Tesouro, Janet Yellen, no Congresso norte-americano. As autoridades devem falar sobre a variante da Covid-19 e seus impactos e ameaças para a economia estadunidense, além da possível piora da inflação, que já causa incertezas.

Os índices futuros dos Estados Unidos recuam nesta manhã, revertendo os ganhos do dia anterior, em meio a temores em relação a variante que já foi detectada em 12 países.

Mesmo com os temores dos mercados, vale destacar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) já afirmou que deve levar semanas para entender como a nova cepa da Covid deve afetar os organismos infectados.

Na zona do euro, o índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, recua 1,2%, com o setor automobilístico liderando as perdas.

Em contrapartida ao movimento de queda, o Produto Interno Bruto (PIB) francês teve alta de 3% na comparação trimestral, à medida que a inflação avançou 3,4%.

As principais bolsas asiáticas fecharam em queda nesta sessão de terça-feira, com investidores também atentos à nova variante.

Na véspera, dados oficiais apontaram que atividade fabril chinesa, medida pelo índice do Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês), ficou em 50,1 pontos, ficando acima da expectativa de analistas ouvidos pela Reuters, que aguardavam 49,6 pontos. Para esse indicador, qualquer patamar acima de 50 pontos indica expansão e abaixo, retração.

No que diz respeito às commodities, o minério de ferro chegou a registrar alta de quase 10% em meio ao otimismo em relação à reposição de estoques de siderúrgicas chinesas, reforçado pelo maior apetite ao risco de investidores. Por outro lado, segundo InfoMoney, os preços do petróleo apresentaram queda de mais de 3%.
 
Confira os principais índices às 7h36:
 
IFIX [+0,88%]
 
ÁSIA
Nikkei 225 [-1,63%]
S&P/A SX 200 [+0,22%]
Hang Seng [-1,58%]
Shanghai [+0,03%]
 
EUROPA
DAX [-1,53%]
FTSE 100 [-1,17%]
CAC 40 [-1,35%]
SMI [-0,84%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
S&P 500 VIX [+10,88%]
US 2000 [-1,75%]
US Tech 100 [-0,54%]
US 500 [-1,04%]
 
COMMODITIES
Ouro [+0,75%] US$ 1.798,70
Prata [+0,14%] US$ 22,88
Cobre [-0,87%] US$ 4,3022
Petróleo WTI [-3,62%] US$ 67,44
Petróleo Brent [-3,58%] US$ 70,58
Minério de ferro futuro [+0,29%] US$ 94,71