Ibovespa reverte prejuízos após salto no varejo

Dólar comercial encerrou em alta a R$ 5,48

Após passar a maior parte do dia em queda, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira encerrou o pregão desta quarta-feira (6) em alta de 0,09%. A recuperação do Ibovespa foi impulsionada pelo Varejo, que liderou as principais altas nas últimas horas de negociação. O benchmark também foi influenciado após os republicanos sinalizarem a disposição para fechar acordo com os democratas e suspender temporariamente o teto da dívida pública nos Estados Unidos. 

Segundo dados do Intituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), o setor de varejo obteve uma queda de 3,1% nas vendas durante o mês de agosto, expectativa era de uma alta de 0,7%. Ainda assim, o segmento foi responsável pela remontada do Ibovespa.

Das três empresas que mais valorizaram nesta quarta, duas são do varejo. A Americanas liderou a lista com um crescimento de 7,31%, a Magazine Luiza, em terceiro lugar, encerrou o pregão com alta de 5,7%.

De acordo com especialistas, o bom resultado pode estar relacionado à percepção de que o Banco Central brasileiro vai levar o dado em conta nas próximas decisões sobre taxa de juros e poderá interromper antes do previsto o ciclo de aperto monetário.

Apesar de encerrar o dia em alta, os analistas alertam que o Ibovespa ainda pode sofrer com uma “pressão negativa”. Eles apontam que os dados ainda corroboram para um cenário de incerteza econômica, ressaltando que é um momento de cautela. 

O principal republicano do Senado norte-americano, Mitch McConnell, disse nesta quarta que seu partido deve apoiar uma extensão do teto da dívida federal até dezembro, medida que impediria o calote (default) histórico, com um pesado impacto econômico. O Tesouro americano tem dito que esse acordo precisa ser costurado nos próximos dias, do contrário há risco de default.

Os Estados Unidos criaram 568 mil vagas no setor privado em setembro, segundo o Relatório de Emprego ADP. o resultado representa uma aceleração ante a de criação de 340 mil em agosto. 

Na Europa, autoridades se articulam para resolver a crise de abastecimento de gás natural, com a iminente chegada do inverno no hemisfério norte, quando normalmente o consumo de energia sobe consideravelmente por conta do uso de aquecedores.

De acordo com dados da agência oficial de estatísticas da União Europeia, Eurostat, as vendas no varejo cresceram 0,3% no mês de agosto, quando comparado a julho. Os resultados vieram abaixo das expectativas dos analistas, que projetavam uma alta de 0,8%. 

Ibovespa

O Ibovespa fechou com leve alta de 0,09% aos 110.559 pontos. O volume de negócios no dia foi de R$ 35,5 bilhões.

Dólar

O dólar fechou com leve alta de 0,02% a R$5,486, na compra e na venda.

Índice pela tarde

Às 15h51 (horário de Brasília), o principal benchmark da bolsa recuava 0,097% aos 110.341 pontos. O dólar comercial subia 0,01% a R$ 5,48.

Índice ao meio dia 

Às 12h27 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em queda de 1,36% aos 108.952 pontos. O dólar comercial tinha alta de 0,66% a R$ 5,52.

 Netsa quarta-feira (6), a sessão foi impactada pelas pressões inflacionaráias globais. O Fundo Monetário Internacional (FMI) declarou que a recuperação econômica pós-pandemia irá seguir alimentandoa alta de preços em todo mundo nos próximos meses, conforme o Valor Econômico.

Como foi a abertura do Ibovespa?

Às 10h19 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em queda de 1,08% aos 109.261 pontos. O dólar comercial subiu 0,28% a R$ 5,50. 

Nesta quarta-feira (6), o Ibovespa operava em queda na abertura diante do cenário de agravamento da crise energética global. 

Ainda nesta manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados sobre o volume do comércio varejista do país, que registrou queda de 3,1% em agosto, na comparação com julho . Conforme a pesquisa, essa é a primeira baixa após quatro anos altas consecutivas.

Pré abertura da Bolsa

Impulsionado pelas bolsas internacionais, o principal benchmark da Bolsa brasileira fechou em alta na terça-feira (5). Durante o pregão, o Ibovespa chegou a avançar 1%, mas se deslocou do mercado externo e encerrou com tímida elevação de 0,06%.

Na agenda nacional, atenção para os dados do varejo de agosto, após o resultado da indústria ser pior que o esperado.

No exterior, os índices futuros norte-americanos registraram recuos nesta quarta-feira (6). Na véspera, as ações de grandes empresas do setor de tecnologia fecharam em alta, após quedas no dia anterior, devido a uma falha que interrompeu o funcionamento das redes sociais WhatsApp, Instagram e Facebook.

As bolsas estadunidenses apresentaram altas na terça-feira. Dos 11 setores cobertos pelo S&P, nove fecharam em território positivo. O Dow teve ganhos de 0,92%; o S&P avançou 1,05%; e o Nasdaq teve alta de 1,25%.

Ainda na véspera, foi divulgado o Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos (leia aqui).

O rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano também registrou alta acentuada, indo para 1,56%, um recorde em três meses e meio. Temores em relação à inflação continuam no radar dos mercados.

Na Europa, a maior parte das bolsas recuam na sessão, em meio ao avanço do rendimento de Treasuries e receios sobre inflação.

O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, cai 1,5%, com os papéis do setor de viagens liderando as perdas.

As vendas no varejo da zona do euro tiveram um aumento de 0,3% em agosto ante o mês anterior. Já em relação a um ano antes, o setor varejista manteve-se estável.

As bolsas asiáticas também recuaram nesta quarta-feira. Na Coreia Do Sul, o Kospi sentiu perda de 1,82%; no Japão, o Nikkei recuou 1,05%; em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,6%. Segundo o InfoMoney, devido ao feriado, a China continental segue com as bolsas fechadas.

Confira os principais índices:

ÁSIA
Nikkei 225 [-1,05%]
S&P/A SX 200 [-0,64%]
Hang Seng [+0,20%]

EUROPA
DAX [-0,89%]
FTSE 100 [-0,52%]
CAC 40 [-0,58%]
SMI [+0,16%]

ÍNDICES FUTUROS EUA
S&P 500 VIX [-2,23%]
US 500 [+0,45%]
US Tech 100 [+0,71%]
US 2000 [-0,42%]

COMMODITIES
Ouro [+0,16%] US$ 1.763,80
Prata [+0,16%] US$ 22,645
Cobre [-0,45%] US$ 4,1738
Petróleo Brent[-0,07%] US$ 80,72
Petróleo WTI [-2,58%] US$ 76,89
Minério de ferro futuro [+1,73%] US$ 117,76