Contrariando Wall Street

Ibovespa se ancora em commodities e fecha em alta; dólar sobe

O Ibovespa fechou a sessão desta segunda-feira (7) com alta de 0,17%, aos 132.017,84 pontos; o dólar subiu, a R$ 5,48.

Foto: CanvaPro / Ibovespa
Foto: CanvaPro / Ibovespa

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (7) com alta de 0,17%, aos 132.017,84 pontos. O dólar comercial subiu 0,55%, a R$ 5,48.

As commodities fizeram preço no Ibovespa durante esta sessão, ao passo que o cenário segue muito marcado pelo quadro político pós-eleições municipais. Os preços do petróleo dispararam e engajaram as apostas na Petrobras (PETR3;PETR4), mesmo movimento percebido com o minério de ferro e a Vale (VALE3).

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, encerrou com uma leve baixa de 0,03%, a US$ 102,49.

As referências internacionais do petróleo, o Brent (global) e o WTI (EUA), subiram mais de 3%, refletindo os temores do mercado financeiro com os impactos dos conflitos no Oriente Médio sobre a produção da commodity.

Enquanto isso, o contrato futuro do minério de ferro 62% para fevereiro encerrou a sessão com alta de 0,49%, US$ 108,84.

Em paralelo a isto, no Brasil os olhares estão voltados também para o futuro, pois Gabriel Galípolo, indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência do BC (Banco Central), será sabatinado no Senado na terça-feira (8).

O Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira mostrou que a estimativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), principal medidor da inflação, de 2024 cresceu de 4,37% para 4,38%.

Para o PIB (produto interno bruto), a mediana da projeção de 2024 se manteve em 3,00%. Enquanto isso, o consendo de economistas do BC mantive as apostas da projeção para a Selic  de 2024 em 11,75% a.a. 

“Na minha opinião, a grande preocupação é a inflação aumentando, junto com a economia acelerada. Além disso o BC tem que lidar com a pressão de desequilíbrio de contas públicas e o aumento do rating do Brasil pela Moody’s”, disse Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital.

“As constantes revisões para cima do IPCA também estão fazendo com que os juros futuros fiquem na sua máxima, a credibilidade do país com relação a política monetária também está sendo colocada em xeque (além da política fiscal que está sendo questionada faz tempo)”, prosseguiu.

Além disso, os investidores seguem atentos ao cenário nos EUA. Eles aguardam os novos dados econômicos nos EUA que podem influenciar a decisão final do Fed (Federal Reserve) na próxima reunião.

A Natura (NTCO3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 2,63%. Logo atrás, Brava Energia (BRAV3) e Hypera (HYPE3) registraram altas de 2,39% e 2,05%, respectivamente.

Já na ponta negativa, Carrefour (CRFB3) liderou as perdas, caindo 5,27%. Em seguida, vieram Assai (ASAI3) e Petz (PETZ3), com perdas de 2,87% e 2,63%.

Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) 

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 1,69% e 1,40%, respectivamente. Prio (PRIO3) valorizou 1,91%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,88%. Gerdau (GGBR4) registrou alta de 1,25%. Usiminas (USIM5) valorizou 1,13%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com alta de 0,66% e 0,48%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização 0,08% e 0,21%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 1,65%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 4,16%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 2,79%.

Índices do exterior fecharam sem direção única

Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta segunda-feira (7). O índice DAX, de Frankfurt, desvalorizou 0,06%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 0,46%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,17%. 

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq recuaram 0,96% e 1,18%, respectivamente. Já o Dow Jones caiu 0,94%.